Esta comédia é-nos apresentada em quatro segmentos diferentes. Os três primeiros correspondem a diferentes elementos da família, em separado, e no último vemos todos os personagens interagirem. Esta forma de apresentação da série até não resulta mal, até porque cada um dos segmentos é bastante aborrecido e assim não estive presa a nenhum durante muito tempo.
Nunca tenho grandes expectativas no que diz respeito às estreias de comédias, mas é culpa não é minha! Metade (ou mais) acabam canceladas no ano de estreia, precisamente porque piada têm pouca e Life in Pieces não é excepção.
Conhecemos uns jovens que procuram um lugar onde ter sexo, mas em casa dela está o ex-noivo e na dele estão os seus pais. Acabam a dormir juntos no carro e são apanhados. Pouco inovador e piada zero.
Depois, somos apresentados a um casal cuja família está a crescer, com o nascimento do primeiro bebé. Aqui há algumas partes minimamente caricatas à volta do mau estado da vagina da parturiente, mas ainda assim…
No terceiro segmento há uma família de cinco pessoas: pai, mãe e três filhos. O mais velho está prestes a ir para a universidade, a do meio teve o primeiro período e a mais pequena acaba de perder a inocência, ao descobrir que o Pai Natal, a Fada dos Dentes e o Coelhinho da Páscoa não existem. Esta miúda é sem dúvida o melhor momento do episódio: adorável e muito inteligente.
Por fim, junta-se toda a família para a celebração do 70.º aniversário do patriarca da família. Aniversário esse que é uma espécie de ensaio para o seu próprio funeral. Aqui a série cai facilmente no ridículo, porque é tudo demasiado parvo e exagerado para conseguir ter um mínimo de piada.
Penso que não demorará muito a ser anunciado o cancelamento desta série, mas posso enganar-me. Não creio, mas às vezes o mundo das séries é cheio de surpresas. Se apostassem em explorar mais a fofura da miúda as coisas poderiam melhorar um bocadinho, mas nem isso poderia salvar uma série assim.
Diana Sampaio.