Antes de mais, queremos pedir-vos desculpa pelo atraso no lançamento desta review, mas tudo tem uma razão de ser! Se acompanhas as nossas páginas de facebook e instagram, decerto apercebeste-te de que fomos convidados pelo Syfy para assistir à ante-estreia do episódio duplo na passada segunda-feira, dia 28 de setembro, o que acabou por nos atrasar um bocadinho. Mas sem receios, a vossa escritora de reviews de séries espetaculares favorita está de volta!
Heroes Reborn traz-nos uma sequela à nossa tão-adorada série Heroes. E acreditam que já há cinco anos que terminou? O tempo passa a correr.
Com um gigante episódio duplo, a conexão começa logo com o título atribuído ao último episódio, “Brave New World”. Depois de Claire se ter revelado ao mundo como uma humana com poderes evoluídos, as coisas mudaram muito: em Odessa temos a primeira grande convenção de humanos e ‘evos’ (abreviatura de evoluídos) onde todo o mundo parece estar bastante feliz e crente na ideia de uma sociedade conjunta. Alguns personagens são-nos logo introduzidos no momento, sendo alguns deles os mais importantes: Noah Bennet (quem não tinha saudades?), que tenta reconciliar-se com a Claire depois da ruptura que tiveram no final de Heroes; Luke e Joanne Collins, que terão um papel fulcral na série daqui em diante.
Afinal a felicidade não podia durar tanto e é óbvio que isto não podia correr bem. Heroes Reborn toma outro rumo quando nos primeiros minutos toda a população da convenção sofre um gigante ataque terrorista que mais tarde cai sobre a responsabilidade (ou sob o bode expiatório?) de Mohinder Suresh.
Um ano depois deste ataque tudo está diferente. Noah Bennet agora tem uma nova vida, longe da Primatech e da Renautas (e as saudades que eu já tinha destes nomes?!). Luke e Joanne Collins aparentemente decidiram que a missão da vida deles é matar todos os evoluídos, após a morte do seu filho Dennis na convenção de Odessa.
A história continua e mais personagens são-nos introduzido: Ren, um gamer profissional especializado no jogo Evernow, que encontra um endereço escondido num dos níveis do jogo que o leva a casa de uma rapariga chamada Miko; Miko é filha do criador do jogo Evernow e parece que afinal a personagem dela é mais do que aparenta; El Vengador, um vigilante que nasceu do recobro deste ataque terrorista e que é protagonizado pelo pai de José, um miúdo que descobriu que tem poderes; Carlos, o tio de Jose, que parece que vai assumir um papel maior do que aquele que teve nestes primeiros episódios; Tommy, um miúdo que toda a sua vida fugiu das autoridades por ter poderes e que aparentemente tem capacidades de teletransporte e finalmente Caspar Abraham, que aparentemente tem um poder qualquer relacionado com as moedas e que é o guarda-costas de Tommy. Alguém quer apostar no que se passa aqui?
De qualquer forma, é Noah quem regressa como o principal personagem desta série. É alguém por quem já temos algum carinho, que já conhecemos. Nisto, Heroes Reborn consegue o que poucas sequelas conseguem – novo público e a fidelidade do público antigo. Após ter sofrido uma limpeza da sua memória (aparentemente a seu pedido também – e fui só eu que fiquei super triste com a morte tão prematura de René?) Noah Bennet – agora conhecido como Ted – é um vendedor de carros que está para casar. Logo aí sabemos que algo está errado… Nisto é abordado por um maluquinho e percebe que alguma coisa se passou quando ele vê que de facto, para além de ter assumido que a Claire tinha morrido em Odessa, tem algumas falhas de memória relativamente à Primatech, à Renautas e a tudo o que envolveu o ataque terrorista e o ano seguinte.
E de enlaces e desenlaces se fazem estes dois episódios: Noah parte à descoberta das suas perdidas memórias; Luke e Joanne Collins seguem a sua obsessiva missão de acabar com todos os EVOs; Carlos assume o papel de El Vengador após a morte do seu irmão; Miko e Ren seguem numa missão de salvar o pai de Miko, que está preso dentro do jogo Evernow e Tommy aparentemente segue a sua vida apesar de dois agora-amigos terem descoberto o seu segredo.
Típico de Tim Kring é este episódio piloto sem grande história, mas que funciona. Não sabemos exatamente quais vão ser os parâmetros da série daqui em diante. Sabemos que estava tudo bem desde o último “Brave New World”, em Heroes, e que ficou tudo mal depois do primeiro “Brave New World” em Heroes Reborn. O segundo episódio, “Odessa”, segue na mesma linha de nos reencontrarmos com os personagens passados – e devo dizer que adorei a reintrodução de alguns deles (e as reintroduções que ainda aí vêm no futuro!), inclusivé Molly Walker – e conhecermos os personagens novos, simpatizarmos com eles.
Apesar do personagem principal daqui para a frente ser Noah, devo confessar que estou curiosa com a evolução de Luke e Joanne Collins, uma vez que ele parece ser um bocadinho mais sóbrio do que ela, apesar desta missão louca. A outra storyline que me parece bastante fantástica é a de Ren e Miko, no Japão. E por falar em Japão, não tiveram quase quase para desejar que Hiro Nakamura aparecesse ali do nada? Ai ai…
Apesar da saudade que deixam alguns personagens – vamos não falar do personagem de Zachary Quinto, okay? – sinto-me curiosa para ver este desenlace de novos personagens. O estilo não mudou, ao que agradeço imenso, e Tim Kring mantém-se fiel a ele mesmo, mas as condições mudaram. E mal posso esperar para que, numa entrada mesmo à Heroes, todos estes personagens se cruzem (como já fomos vendo em pequenos pormenores destes dois episódios, i.e., Luke e Joanne a roubarem o carro de Noah).
Talvez tenha falhado a forma como alguns personagens simplesmente não aparecem mais, mas não se pode ter tudo. A ver vamos se conseguem manter as histórias de cada um dos novos consistentes o suficiente para Heroes Reborn pegar e vingar.
Eu morria de saudades desta série. E vocês, o que me têm a dizer?
Joana Henriques Pereira