O mais recente drama da NBC, Allegiance, vem para nos dar a conhecer a história de um jovem analista da CIA que fica a saber que a sua família faz parte de uma célula russa a operar em solo americano.
Começando pela apresentação das personagens mais importantes para o desenrolar de toda a história, temos Alex O’Connor que é um jovem e muito promissor analista da CIA especializado em assuntos russos, que está em funções apenas há 4 meses.
Com o desenrolar do episódio vamo-nos apercebendo que ele possui uma inteligência algo fora do comum, com uma capacidade de memorização extraordinária e arrisco-me ainda a dizer que possui algumas parecenças com o famoso Sherlock Holmes. Apesar de todas as suas competências intelectuais o seu comportamento inicial em campo deixa algo a desejar, mas isso é algo que se vai aprendendo com o tempo.
Mark e Katja O’Connor, os pais de Alex, são antigos espiões da SVR que se retiraram do serviço há 6 anos. Katja foi recrutada para a SVR pelo seu próprio pai, antigo general da KGB, e que por consequência recrutou Mark, fazendo-o trair o seu próprio país.
A irmã mais velha de Alex, Natalie, também ela faz parte da mesma célula, sendo recrutada pelos próprios pais com apenas 20 anos. A única pessoa que ainda não está ligada a todo este mundo é a filha mais nova do casal, que não tem muita vontade de estudar.
O episódio começa com a execução de um dos agentes da SVR por ter roubado informação á qual nem deveria ter acesso e continha informações detalhadas de cada agente da SVR a operar em solo americano, incluindo a família O’Connor. E é este pequeno incidente que vai alterar por completo a vida de toda esta família.
Para Alex este representa o seu primeiro caso, ao ser designado para estar presente no interrogatório de uma das agentes que assistiu à execução e que pretende agora desertar da organização com a ajuda da CIA.
Já a sua família é colocada de novo em jogo quando a nova chefia da SVR pretende que Mark e Katja transformem o seu filho Alex num espião russo, tal como fizeram com a sua filha Natalie. Tudo isto porque eles sabem perfeitamente que Alex foi designado para o caso e conhecendo todo o potencial que o rapaz tem, ele poderá tornar-se numa séria ameaça para os seus propósitos.
Mark e Katja não ficam muito contentes com a nova missão para a qual foram designados, tentando até fugir do país sem que os seus superiores tomem conhecimento disso. No entanto aqui nota-se que eles já estão algo enferrujados deste trabalho porque comprar os bilhetes de avião com o seu próprio cartão de crédito é um erro de amadores. Estando esta alternativa descartada, Katja toma uma decisão completamente imprudente e decide entregar-se e contar tudo ao FBI. O seu marido lá a consegue dissuadir desta ideia e convence-a a espiar o próprio filho em vez de o converter num espião.
Como não poderia deixar de ser, o grande momento deste episódio foi deixado para o fim, quando Alex descobre a verdadeira identidade do homem que havia sido queimado pela SVR. Mikhail Vostrov é o nome do misterioso homem e quando Alex vê a sua fotografia reconhece-o como um amigo de família e imediatamente liga as coisas e decide confrontar os pais ameaçando que os entrega, a menos que os pais lhe expliquem por que motivo estão eles ligados a toda esta história.
Todo o enredo de Allegiance tem as suas semelhanças com a série The Americans e não poderia deixar de o referir. Apesar de ser um confesso admirador de todo este tipo de histórias, não posso dizer que a série me agarrou até porque este enredo é-me já algo familiar a outras séries que sigo atualmente.
O meu grande receio para o restante da temporada está relacionado com a forma como a história se irá desenrolar. O fato de Alex ter descoberto que os seus pais são espiões russos, retira logo à partida uma grande dose de interesse no restante da história. A grande incógnita é mesmo se os seus pais o conseguirão transformar num espião russo, algo que eu duvido plenamente, aliás nem os próprios acreditam nisso.
Nota: 7.5/10
Carlos Oliveira