Para os que desconhecem, John Mulaney é um comediante de stand-up bastante famoso e aclamado nos EUA. Por isso, nesse sentido, Mulaney é uma experiência semelhante a Seinfeld. A estrutura também e semelhante com cortes entre momentos stand-up e a história episódica. Seinfeld teve um enorme sucesso, terá Mulaney também.
Do que o piloto mostrou, talvez. O que se destacou mais para mim ao longo do piloto foi a inferioridade em termos de elenco. O Jerry Seinfeld, nunca tendo sido um grande ator, era superior ao John Mulaney. O mesmo se pode dizer em relação ao Seathon Smith (Motif) e as excepções sendo a Nasim Pedrad (Jane) e o Zack Pearlman (Andre). De resto, o episódio ofereceu uma panóplia de piadas bem escritas e diversas, que se não atingiram a sua marca, apenas se deveu mesmo às interpretações. Com o passar do tempo é normal que os atores, em especial o Mulaney, se habituem ao novo trabalho e melhorem substancialmente. Para quem gostou de Seinfeld, mas ficou desiludido com este episódio, não desistam já.
Neste piloto ficámos então a conhecer as personagens que colorirão as histórias de Mulaney. A de maior relevo, ou pelo menos a mais agradável/engraçada neste episódio foi o Lou (Martin Short), um apresentador de um concurso televisivo que é um tanto louco e trata o resto da sua vida como o programa que apresenta. O Motif é um comediante como a personagem do Mulaney. A Jane, bem, além de se perceber que é uma ex-namorada obcecada/stalker, não deu para perceber muito mais.
Houve muitas cenas individuais no episódio, mas a história principal tratou do Mulaney, um comediante à procura de um salto na carreira, ter ido trabalhar para o apresentador Lou, a escrever as piadas para o concurso. As coisas não correram tão bem quanto isso e acabou a fazer tudo menos escrever. E o que escrevia o Lou não aceitava. Mas depois de uns conselhos do seu vizinho gay e de confrontar o apresentador, o Mulaney lá começou a ter a sua escrita aceite.
Deverei ver mais um par de episódios, mas não julgo que será uma série que me cative. Apesar da dinâmica com o Lou me puder fazer mudar de ideias!
Nota: 6.5/10
André F Dias