Grey’s Anatomy – 16×12 – The Last Supper
| 13 Fev, 2020

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[Pode conter spoilers]

Mais uma semana que passou e, com ela, um novo episódio de Grey’s Anatomy, apropriadamente intitulado The Last Supper (A Última Ceia). Este tem como foco principal a relação entre Richard e Catherine. Jackson cria uma situação desconfortável quando convida Vic, a sua nova namorada, para aquilo que ele acredita ser a celebração do aniversário de casamento do casal, apenas para descobrir que o jantar foi marcado por razões diferentes. Entretanto, Levi leva Nico numa viagem para visitar um membro da sua família que está doente.

Novamente, Grey’s traz-nos um episódio que vem a abrandar um pouco o ritmo normal da série e deixa a sua audiência respirar fundo ao focar-se apenas numa mão cheia de personagens. Por norma, episódios deste género tendem a ser os meus favoritos (como foi o caso dos episódios sete e oito desta nova temporada). No entanto, a regra não se aplica neste caso e, pessoalmente, senti-me um pouco aborrecida com este novo episódio.

The Last Supper vem a fechar de certa forma a narrativa que se tem vindo a construir em torno de Richard e Catherine, desde o final da temporada anterior/início desta temporada. O facto de Catherine ter despedido Richard do Grey Sloan e não ter apoiado o seu marido, quer durante, quer após o sucedido, é algo que, de forma bastante compreensível, ainda incomoda o médico. Por outro lado, Catherine continua a acreditar que algo se passa entre o seu marido e Gemma, pelo que também não dá parte fraca.

De modo bastante previsível (ainda que com um ou outro desvio pelo meio que leva a audiência a pensar que talvez haja salvação para esta relação), a tensão deste episódio culmina com a separação do casal, de maneira muito pouco amigável. A certo ponto na série, a relação entre estes dois personagens tornou-se de tal forma tóxica e amarga que Catherine chega mesmo a falar sobre comprar Pac-North, como forma de vingança sobre Richard – algo que, sem grandes dúvidas, irá acontecer. Pessoalmente, acho que estes níveis de animosidade e mesmo mesquinhez, assim como o facto de Catherine agir como uma completa vilã, apareceram um pouco sem nexo. Não que Catherine não seja capaz de tal, apenas não acredito que a situação assim o requeresse. No final de contas, ambos desempenharam o seu papel na queda da sua relação, ainda que Grey’s pareça dar a indicar que Catherine carrega a maior parte da culpa ao fazer com que a audiência simpatize mais facilmente com o médico.

Igualmente irritante foi ver novamente o mau ambiente entre Maggie e Jackson. Para além de desinteressante, a atitude demonstrada por ambos começa a atravessar a linha para o infantil. Não percebo bem o que pretendem alcançar ao antagonizarem-se a cada momento possível, mas acredito que falo por muitos quando digo que já chega. Espero que, com o romper da relação de Richard e Catherine e a mudança de hospital de Maggie, as interações entre estes personagens deixem de ser mais frequentes e que ambos sigam em frente com as suas vidas.

Ainda assim, este episódio teve os seus bons momentos. Relativos a esta storyline, destaco a presença de Dean, que, ainda que não devesse fazer parte deste fiasco, acabou por conferir um pouco de humor ao episódio, cortando com a monotonia das recentes cenas.

Neste lado mais positivo, esteve também a narrativa de Levi e, por associação, Nico. Ainda que não tenham sido as melhores cenas de Grey’s, em certa parte por o restante do episódio não ser muito apelativo, a história entre Levi e o seu tio foi, simultaneamente, triste e enternecedora. Honestamente, gostaria de ter visto estas cenas retratadas num outro episódio, mas, ainda assim, agrada-me que a série respeite e retrate as raízes religiosas de Levi enquanto algo de bastante importância para o médico, a par e passo com a sua orientação sexual. Foi também interessante ver a disparidade entre a experiência de Levi e a do seu tio e a decisão que Levi acaba por tomar por causa disso.

Inês Salvado

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