[Contém spoilers]
Esta semana, Grey’s Anatomy trouxe-nos The Whole Package, o 20.º episódio desta sua 15.ª temporada. Este dá oficialmente início à contagem decrescente para o final da temporada, que se encontra agora a apenas cinco episódios de distância.
Neste episódio, Owen e Teddy lidam com a visita surpresa de Megan Hunt, que nada sabe sobre a situação dos dois. Catherine prepara-se para o seu grande regresso com uma cirurgia a um veterano de guerra que não se encontra emocionalmente preparado para a mesma. Por fim, Meredith preocupa-se com DeLuca quando este a informa que irá realizar uma cirurgia com Richard.
Dando continuidade ao episódio anterior, The Whole Package abre com Jo e Alex. Como já se havia tornado claro, a médica não está a conseguir lidar com os acontecimentos dos últimos episódios, e também não aceita qualquer tipo de ajuda. Sem saber o que fazer, Alex pede a Link que visite Jo. O médico assim o faz, mas sem grande sucesso… Ao que tudo indica, parece que a Dr.ª Karev vai precisar de tempo (e, quem sabe, de ajuda profissional) para conseguir pelo menos continuar com a sua vida. Não é uma situação fácil para estas personagens, e devo dizer que me comove ver o desespero de todos aqueles que querem ajudar Jo, mas não o conseguem fazer.
De maior interesse, no entanto, foi o regresso de Megan a Grey’s. A médica chega a Seattle com um paciente, quando dá de caras com Owen e Teddy. Sem saber nada da sua situação, Megan assume que os dois estão juntos, mas rapidamente descobre a verdade. Não tarda a dizer a Owen o que pensa sobre a situação ou sobre as suas ações, de maneira bastante direta, até. Mas, se no começo, Megan insulta Owen, já no final do episódio a sua conversa muda de tom. Aqui, a médica diz ao seu irmão que este precisa de ajuda para lidar com tudo o que passou e que tem que acreditar que merece ser feliz.
Como já devem saber, a minha opinião é outra. Não acho que o problema de Owen seja não achar que merece ser feliz, mas sim não saber bem o que quer e querer impor a sua vontade e desejos sobre os outros. Sim, Owen passou por muito e provavelmente precisa de ajuda para lidar com isso, mas isso não serve de justificação ou desculpa para tudo aquilo que já fez. De qualquer forma, Hunt precisa de trabalhar sobre si próprio antes de se meter em mais aventuras.
Menos interessante, pelo menos para mim, foram as cenas relativas à storyline de Meredith e Andrew. Não vejo a necessidade deste último querer provar a Richard que merece a sua relação com Meredith. Acho que todos os envolvidos já são um bocado “crescidos” para isto. As capacidades médicas de DeLuca também nunca foram postas em causa, pelo que todas as suas preocupações me pareceram um bocado desnecessárias.
Gostei ainda das pequenas cenas entre Bailey e as estudantes que foram passar o dia ao hospital, para aprender um pouco sobre a sua liderança. O seu sentido de oportunidade ofereceu um aspeto cómico às cenas em que apareceram e tornou o episódio um pouco mais cativante.
Em suma, este foi mais um episódio normal de Grey’s, que não adicionou grande coisa ao plano geral da história. O facto de este episódio seguir um dos meus favoritos de toda a série certamente não o ajudou. Pessoalmente, esperava um pouco mais, mas percebo que nem todos os episódios podem ser como Silent All These Years. Desejava, no entanto, mais algum desenvolvimento nesse sentido, mas parece-me que vamos ter que esperar mais um pouco.
Inês Salvado