Grey’s Anatomy – 15×01/15×02 – With a Wonder and a Wild Desire/Broken Together
| 01 Out, 2018

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[Contém spoilers]

Grey’s Anatomy regressa após um hiatus de cerca de quatro meses em dose dupla, estreando assim a sua 15.ª temporada com With a Wonder and a Wild Desire e Broken Together. Esta season premiere marca o primeiro episódio desde a saída de Jessica Capshaw e Sarah Drew, assim como o regresso oficial de Teddy Altman e a introdução de duas novas personagens, Atticus Lincoln (Chris Carmack) e Nico Kim (Alex Landi). Uma vez que ambos os episódios têm por base os mesmos acontecimentos, tratá-los-emos como um só no decorrer deste artigo.

Comecemos pela storyline que, pessoalmente, achei menos interessante: a vida amorosa de Meredith. São poucas as personagens de Grey’s que já estão connosco desde o início da série, sendo Meredith uma dessas. A nossa médica já passou por tanto que, tendo em conta as narrativas que tem tido nas temporadas recentes, sinto-me forçada a colocar a seguinte pergunta: será que Grey’s Anatomy já não sabe o que fazer com esta personagem? Já na temporada anterior, a série “atirou” vários possíveis interesses amorosos à nossa Dr.ª Grey, sem que nenhum realmente se chegasse a concretizar. Nesta temporada, Grey’s volta a pecar pelo mesmo. Não é que seja contra a ideia de Meredith encontrar alguém, mas cada vez mais parece que estão a reduzir a história da grande Meredith Grey à busca de um parceiro e essa narrativa não me está a assentar muito bem.

Outra das storylines de que não sou grande fã é este triângulo amoroso entre Amelia, Owen e Teddy. No passado, tenho vindo a exprimir o meu desagrado em relação à decisão de voltar a juntar Amelia e Owen. No entanto, esta nova temporada fez-me reconsiderar essa posição. A verdade é que, contra as minhas expectativas, ambas as personagens parecem ter “crescido” um pouco, o que muda a sua dinâmica. Apesar de as circunstâncias não serem ideais (com as crianças a causar a aproximação dos dois), estou muito mais aberta a esta situação. Posto isto, desagrada-me a adição de Teddy à mistura. Claro que isto acontece quando tudo se começava a compor! Ugh. Acredito que Teddy, enquanto personagem, merece uma narrativa melhor do que aquela que lhe está a ser dada. Por agora, não consigo formular qualquer teoria para o que acontecerá com esta história. Existem demasiadas possibilidades em jogo, mas espero que (no final) tudo corra bem.

Já que estamos a falar de aspetos menos positivos, tenho que mencionar a chegada de Atticus e Nico. Seria de esperar que, ao fim de quinze temporadas, Grey’s tivesse aprendido a lição e resolvesse focar-se nas personagens que já tem, em vez de trazer cada vez mais personagens para o enredo. Lá porque saíram duas personagens, não quer dizer que tenham que entrar outras duas para as substituir. Infelizmente, e para surpresa de ninguém, foi exatamente isto que a série resolveu fazer. Pessoalmente, não vejo nada de interessante em Atticus ou Nico. Claro que posso estar extremamente errada – afinal de contas, muitas das nossas personagens favoritas já foram “a personagem nova” em temporadas anteriores – mas não me parece ser a decisão mais acertada, especialmente quando temos ainda tantos internos que mal conhecemos e de quem estamos (ou, pelo menos, eu estou) a começar a gostar.

Passemos agora para aquilo que considerei os highlights desta season premiere (e, possivelmente, tópicos que terão alguma importância para o resto da temporada). Aqueles que já viram estes dois episódios sabem que Jo e Alex saíram mais cedo da sua lua de mel graças à ideia revolucionária de Jo para combater o cancro. Isto não só fez com que os nossos médicos permanecessem na série, mas levou também a que ocupassem novos postos dentro do hospital. Para surpresa de todos, Alex consegue a cobiçada posição de chefe temporário do Grey Sloan Memorial – algo que, segundo o vídeo promocional do próximo episódio, vai dar muito que falar.

Ainda assim, Alex não foi o único a surpreender-nos. Uma vez que Miranda não aprovou o orçamento que Meredith pediu para o desenvolvimento do estudo de Jo, a nova Dr.ª Karev resolve tentar a sua sorte e falar diretamente com a sua chefe. Ao perceber o verdadeiro potencial da proposta de Jo, Bailey resolve “roubar” a parceira a Meredith e financiar o estudo com o seu próprio dinheiro. A decisão não é bem aceite por Meredith, por razões que considero perfeitamente válidas. Apesar disto, espero que a Dr.ª Grey não seja demasiado dura com Wilson. Ao longo das temporadas anteriores, temos visto uma boa progressão na relação entre as duas médicas e, pessoalmente, não gostava que esta decisão viesse a arruinar isso.

Outra das minhas narrativas preferidas neste início de temporada foi a de Jackson (e, por associação, de Maggie e DeLuca). Tendo em conta os acontecimentos do final da temporada anterior e destes dois primeiros episódios, torna-se claro que Jackson começa a sentir a necessidade de acreditar em algo mais. No entanto, quando tudo corre mal, esta nova crença é posta à prova e leva a que o nosso médico sinta alguma revolta e desamparo. Como é que um ser superior pode permitir que certas coisas aconteçam? É esta a pergunta que o Dr. Avery deve estar a fazer a si próprio – uma pergunta que, sem dúvida, causa algum transtorno. Sinto que aquilo por que Jackson está a passar é algo com que muitos nos deparamos ao longo da vida e essa sensação de familiaridade é o que torna esta narrativa tão interessante. Tenho bastante curiosidade em ver onde esta história será levada e qual será o seu desfecho.

Por fim, falemos um pouco do episódio em geral. Esta season premiere pareceu-me um pouco fraca para Grey’s, em termos de storytelling. Como já vimos, o episódio teve vários pontos que considerei positivos e outros tantos negativos, mas não houve nada de verdadeiramente memorável em todo o episódio. A maneira de ser das novas personagens pareceu-me bastante forçada em determinadas cenas, o que não ajudou à sua aceitação. Ainda assim, acredito que esta temporada tem o potencial de nos trazer algumas narrativas de interesse e aguardo ansiosamente os novos episódios.

Qual é a vossa opinião sobre estes episódios?

Inês Salvado

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