[Contém spoilers]
Finalmente, Grey’s Anatomy consegue a proeza de criar um episódio verdadeiramente excitante. Numa temporada que esteve longe de ser interessante, a série conseguiu trazer um bom desfecho, sólido, e que me deixa curiosa em relação à nova temporada. Eu tenho opiniões muito fortes em relação às personagens e a certos desenvolvimentos, mas não me agarro a isso e mudo essas posições quando o enredo me dá motivos para tal. Já irei falar disso mais à frente!
Do episódio anterior, tinha ficado em suspenso o que aconteceu a Stephanie e Erin e esta semana continuou a ser uma grande parte da história. É sabido que Steph é uma lutadora, mas pensei que já pudesse ter morrido. É totalmente legítimo nesta série pensar-se que um personagem morreu, portanto limitei-me a tirar a conclusão mais óbvia. Mas este final de temporada não trouxe mortes, apenas algumas mudanças.
Stephanie e Erin batalharam muito para escapar ao fogo e chegar ao telhado do hospital, onde ficaram a salvo até serem resgatadas, graças à ajuda de Ben. Eu já estava a ficar com um certo nervosismo, a pensar que não iriam conseguir sobreviver, mas era precisamente destes medos a ver a série que sentia a falta. Estar a ver uma série sem sentir nada é… Bem, não me dá grande vontade de continuar a ver. Quando uma série me deixa com os nervos à flor da pele e receosa é porque fez bem o seu trabalho.
Steph estava magoada, queimada com seriedade, mas teve cabeça fria para se colocar em segurança e salvar a menina. Acho que é uma despedida digna da personagem que Jerrika Hinton interpretou e fico contente por não a ver sair pela porta da morgue. Steph terá de recuperar das queimaduras que sofreu, mas depois terá a vida toda pela frente para viajar e conhecer um mundo bem diferente daquele que conheceu toda a vida, o dos hospitais. E, diga-se, provavelmente ela estará mais segura noutro sítio qualquer. Com tantos crossovers desnecessários que para aí há, alguém devia lembrar-se de fazer um entre Grey’s e Once Upon a Time. Tanta coisa de mal acontece neste hospital que é bem capaz de estar sob alguma maldição. E Seattle é onde Henry Mills está agora a viver, portanto estou a ver a acontecer… Just kidding. Ou talvez não. Já vi premissas mais esquisitas para fan-fics!
Se calhar também já há para aí fics sobre Arizona e Eliza e possivelmente será a única coisa que continuará a existir entre as duas. Eu sei que fui uma fã declarada de Minnick desde que a personagem chegou à série, mas not anymore. Pelo menos durante um bocado não. Ela fez figura de idiota ao ter-se esquecido de avisar os bombeiros e a polícia que Edwards estava desaparecida, mas até aí consigo perdoar-lhe a distração. Acontece e estavam todos sob pressão. No entanto, quando alegou que Steph devia ter continuado na terapia e não estar a trabalhar… Perdi o meu respeito por Minnick. É certo que aquela terapia só durou cinco minutos, mas se Steph não estivesse onde estava, Erin estaria morta por esta altura. Uma criança viva e em segurança bate aos pontos a necessidade de respeitar regras e protocolos. A sério, há pessoas que deviam aprender a estar caladas! Bailey perdeu a paciência e despediu-a. Contudo, há coisas que continuam a funcionar mal naquele hospital e a necessidade de contratação de Minnick continua a ser válida, mas talvez ela não seja a pessoa certa para a função. Resta agora saber se Marika Dominczyk vai efetivamente sair da série. Eu gostava que se mantivesse para explorar a relação com Arizona, mas não sei se isso acontecerá. A ver vamos!
Lembram-se de eu reclamar com a possibilidade de a irmã de Owen estar viva? Opunha-me seriamente a isso, porque é mesmo aquele tipo de história forçada que acontece sempre nas séries e filmes. No entanto, agora confesso-me curiosa. Há potencial nesta história e as coisas poderão resultar se forem bem exploradas. Pode ser que Kim Raver até faça uma visita. Teria feito sentido ela vir com Megan para o hospital militar.
Megan terá que estar traumatizada, mas espero que não seja uma pessoa completamente diferente daquilo que era. Que não odeie todos à volta dela, que não sinta que era preferível ter morrido. Isso seria previsível e aborrecido. Até porque eu já criei uma imagem simpática de Megan na minha cabeça e espero sentir-me ligada à personagem. Espero que Owen consiga reconhecer naquela mulher a irmã dele e espero que não se culpe por ter deixado de a procurar. E espero que Megan goste de Amelia. Eu gosto tanto de Amelia que quero que todos gostem dela também. Amelia pode ser uma mess, mas é totalmente fiável quando precisam dela e mostrou isso mesmo ao ser um apoio sólido para Owen em toda esta situação.
Nisto tudo quem não pode ser esquecido é Nathan. Quer dizer, ele e Megan tiveram uma relação… Quero ver como é que os dois vão lidar com isso. E quero ver no que vai dar a relação dele com Meredith. Deve ser muito estranho lidar-se com o aparecimento, tanto tempo depois, de alguém que se pensava morto, mas até agora ninguém se está a sair muito mal. Owen ficou bastante ‘abananado’, mas os restantes estão a encarar esta situação de forma saudável.
Com isto, Grey’s Anatomy despediu-se com um enredo que poderá trazer histórias interessantes na 14.ª temporada. São muitos anos e não é fácil manter sempre o interesse dos fãs. Um bom final também não apaga uma temporada imensamente morna, mas ajuda-me a encarar o que aí vem com renovada esperança na série.
Considerações rápidas:
Diana Sampaio
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