[Contém spoilers!]
Depois de uma pausa de quase três meses, Grey’s Anatomy está de volta! Num episódio realizado por Denzel Washington, já se sabia o que esperar deste “Sound of Silence”: drama. Durante o hiato houve notícias e vídeos por toda a parte que indicavam o que ia acontecer, portanto já estávamos preparados para o ataque de que Meredith ia ser vítima, às mãos de um paciente. Só que o homem não estava ciente daquilo que estava a fazer. Tinha acabado de sofrer uma convulsão e o estado de agressividade foi só uma consequência disso.
No entanto, houve consequências desastrosas para Meredith. Maxilar partido (não podia falar nem comer), braço esquerdo e uma das pernas engessados e surdez parcial. A questão da surdez foi brilhantemente abordada. Muito antes de os médicos terem percebido que ela não conseguia ouvir, já nós espectadores tínhamos chegado a essa conclusão. Isso porque parte do episódio é-nos apresentado pela perspetiva de Meredith e assim não ouvíamos os outros personagens enquanto falavam com ela. Estivemos assim durante um bocado, praticamente sem sons, quase como se estivéssemos no lugar dela. Confesso que estava tudo tão silencioso, tão parado, que me começou a dar o sono!
Passaram-se várias semanas de recuperação com todo o hospital a reunir esforços para a sua recuperação e a certificar-se de que ficava bem. Mais uma vez, Alex deu provas de que é um amigo leal e com quem Meredith pode sempre contar. Não me incluo no grupo de pessoas que acha que vai acontecer alguma coisa a nível romântico entre eles. Aliás, oponho-me seriamente a essa ideia! Um homem e uma mulher podem ser só amigos, ok? Bons amigos é o que eles são, nada mais! Pelo menos assim o espero, pois já vimos Shonda Rhimes tomar decisões incrivelmente parvas, portanto… nunca fiando.
As melhores partes do episódio ficaram a cargo de Amelia e Richard. Durante toda a recuperação de Meredith, vimos Amelia ficar de fora do quarto, sem se atrever a aproximar, sabendo que não era bem-vinda, enquanto sentia culpa por não ter ido atender o pedido de Meredith quando esta a chamou para um trauma, pensando que assim a podia ter salvo. Pela primeira vez em muito tempo, voltei a gostar verdadeiramente de Amelia. Fez-me lembrar do quanto gostava dela em Private Practice. Ela não é a pessoa que melhor sabe lidar com os problemas, mas de certa forma, carrega o peso do mundo aos ombros. Sempre que alguma coisa acontece a alguém de quem gosta, sente-se culpada! E, afinal, o que é que ela fez de tão grave para a Meredith ter de a perdoar?
Foi aí que entrou Richard, dizendo a Meredith que tinha de perdoar Amelia, mas também Penny, Derek e ela própria. Amelia por não ser o Derek, Penny por não ter conseguido salvá-lo, Derek por ter morrido cedo demais e ela mesma por não ser capaz de aceitar isso. Acho que já nem estamos realmente a lidar com culpa, mas com luto, com perda e necessidade de aceitar aquilo que aconteceu para seguir em frente. É claro que Meredith e Amelia não têm de ser melhores amigas, mas está na altura de fazerem tréguas.
Confesso que estava à espera de um episódio bem mais emocionante, daqueles em que sofro com os personagens, mas o único momento em que isso me aconteceu foi quando Zola não se quis aproximar da mãe.
Espero que para a próxima semana tenhamos um episódio que dê mais destaque aos restantes elementos do elenco para ver em que direção é que esta temporada nos vai levar.
Diana Sampaio
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