Grey’s Anatomy – 12×01 – Sledgehammer
| 26 Set, 2015

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Bem, assim chegamos à 12.ª temporada de Grey’s Anatomy! Longevidade tal é um marco importante para qualquer série, numa altura em que muitos dos fãs podem começar a apresentar sinais de desgaste. Vamos então ver o que a estreia trouxe?

[Contém spoilers!]

Twisted sisters! Parece-me que o termo se volta a adequar, agora que Meredith está de regresso à casa onde cresceu, a casa de Ellis, e a viver com a meia-irmã Maggie e a in-law Amelia. Receita para o desastre? Um bocadinho, mas de uma forma divertida. Meredith é caótica, Amelia encarrega-se das tarefas domésticas (a sério? com esta é que eu não contava) e Maggie tem de levar com as queixas de cada uma em relação à outra. Sim, porque Amelia dobra a roupa e guarda-a nas prateleiras, mas Meredith não consegue encontrar as coisas. Ok, nas prateleiras parece-me um sítio totalmente legítimo para ela procurar.

Callie e Arizona venderam a casa (nunca a deviam ter comprado) e agora Arizona tem um apartamento e quer alugar um quarto, mas ninguém parece querer morar com ela, o que a leva a fazer uma série de especulações sobre o motivo e a quase torturar Stephanie para obter informações. A resposta ajuda a aumentar o ego de Arizona, mas ela precisa mesmo de alguém para dividir despesas, porque pode ser uma cirurgiã de sucesso, mas afinal nem todos têm dinheiro para pagar os seus honorários e é suposto ela dizer o quê? Pais, não posso tratar os vossos bebés fofinhos porque vocês não têm dinheiro? Não, claro que não, Arizona não faria isso. Anyway, eu não me importava de viver com Arizona, ela é simpática durante a maior parte do tempo. Hum, se bem que deve ser demasiado enérgica logo pela manhã e eu não gosto disso, mas podia sempre mandá-la calar.

Young love! É bonito, não é? Principalmente quando não se tem uma mãe da treta que nos quer enviar para um campo para nos mudar (deve ser um daqueles sítios onde ainda são utilizados choques elétricos e outras coisas do género) só porque somos uma rapariga que gosta de outra rapariga. Onde é que está o mal de ser gay afinal? Para vos situar melhor, o caso médico principal era o de duas adolescentes que se deixaram atropelar por um comboio porque pensavam que a única maneira de ficarem juntas seria na morte. Deram entrada no hospital seriamente feridas, mas uma delas estava consciente e sensibilizou os médicos (a mim também) com a sua história.

Callie sentiu a necessidade de expressar aos pais da rapariga o seu desagrado pela forma como a tratam, mas a idiota da mãe da miúda mandou-a meter-se no seu lugar. É claro que tecnicamente os médicos não deviam interferir nas questões pessoais dos pacientes, mas como não? Callie não seria capaz de não dizer nada e a miúda precisava realmente que alguém lutasse um bocadinho pelos interesses dela. A lutar, literalmente, esteve Maggie, que resolveu armar-se em Hulk e dar um soco à mãe da miúda em questão. Totalmente não-profissional, mas mesmo assim, cinco pontos para Maggie.

Momento engraçado de partilha de confidências entre Callie, Maggie e Alex, em que ficamos a saber mais sobre o passado dos três. Maggie era a miúda que era gozada na escola por ser sempre a mais nova, a mais pequena e a mais inteligente. Já Callie, por sua vez, era a vítima até aprender a lutar e afastar os bullies. Quanto a Alex, já sabíamos que ele era um bully, mas não sabíamos que, antes disso, tinha sido um puto gordo.

No centro da trama está ainda a ‘luta’ de Bailey pelo cargo de chefe de cirurgia contra a candidata escolhida por Catherine. Bailey volta a debater-se com o seu medo de voltar a ficar em segundo lugar (como quando perdeu o cargo de chefe dos residentes para Callie), ainda por cima quando sabe que é a melhor, mesmo que os outros possam não ver isso. Se não vêem é porque não querem ver, porque Bailey é a pessoa ideal para o trabalho. É fiável, muito trabalhadora e competente e cresceu como médica naquele hospital, conhece-o como às palmas da mão e tem paixão para fazer dele o melhor que lhe for possível. Felicitem então a nova chefe: Miranda Bailey!

Por último, temos ainda o iminente regresso de April, depois de mais uma estadia no exército, e Jackson a ser importunado com a habitual mania de todos a quererem meter-se no assunto. Ninguém parece querer entender que ele não tem de receber April de braços abertos, pois ela fugiu à relação e decidiu fazer sozinha o luto do bebé dos dois, deixando Jackson para trás.

Este regresso não trouxe grandes desenvolvimentos à história, mas é muito bem sucedido porque mostra que não é preciso uma carga dramática pesada para que um episódio tenha qualidade. Sledgehammer foi bem divertido, mas conseguiu ser tocante nos momentos que o pediam e apresentou uma boa seleção musical que se adequou extremamente bem às suas cenas. Agora só posso pedir que a temporada se mantenha assim. Venha o resto dela!

Diana Sampaio.

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