[Contém spoilers]
É sabido que as quedas de aviões são um tema sensível em Grey’s. Aliás, tudo é suscetível de ser sensível nesta série, porque basta nomear uma catástrofe qualquer, que esta gente já a deve ter enfrentado certamente. No entanto, o acidente de avião do final da oitava temporada ainda está muito fresco na memória de todos.
Neste episódio, tudo começa com Richard na estrada, a caminho do hospital, quando vê um pequeno avião prestes a despenhar-se. Ele apressa-se para o hospital, para socorrer as vítimas e, claro, elas vão chegando.
Vão chegando e os traumas não são apenas físicos, nem tampouco exclusivos dos feridos. Meredith e Arizona passam um mau bocado a lidar com aquilo e unem-se porque, nesta altura, elas são as únicas sobreviventes que ali estão. Os outros médicos preocupam-se com elas, tentam certificar-se de que estão bem e Maggie descobre mais sobre o rol de desgraças que tem sido a vida da irmã. No meio disto tudo, somos ‘torturados’ com flashbacks do fatídico acidente de avião. Aquelas imagens dão cabo de mim, isto não se faz. E eu odeio aviões! Se algum dia tiver de entrar num, droguem-me, se faz favor!
Um par de estalos para cada um: Owen, Amelia e Stephanie. Tal como Amelia disse, Owen basicamente já nem estava capaz de ser civilizado depois de lhe ter dado uma ‘tampa’ e ela estava a ser parva, provocando-o com respostas tortas. Mas é claro que o Owen só estava a agir como um idiota porque estava a reviver as suas culpas no acidente de avião. Gostava que, uma única vez que fosse, um personagem fosse idiota só por ser e não sem um motivo profundo oculto.
Já Stephanie, que se tem mostrado uma personagem bastante interessante, estava demasiado obcecada em fazer com que a paciente se relembrasse do namorado. Esta gente que vive através da felicidade dos outros é um bocado irritante. Eu sei que eram tudo boas intenções, mas haja paciência, que eu não a tenho!
No meio disto tudo, e quando deviam estar todos mais ocupados do que realmente se mostravam, Richard não parava de contar, a quem quisesse ouvir, a sua experiência de quase-morte, depois de o avião ter passado tão perto dele. Só me dava vontade de rir ele a exagerar a história e a cara de impaciência de April.
Adorava conhecer as intenções de Shonda Rhimes e dos outros argumentistas quando fazem estes episódios com uma carga emocional mais pesada, mas desta vez nem quero saber, porque este episódio cobriu uma questão muito importante e que eu ansiava há muito ver discutida.
Finalmente Alex confessou a Arizona que tinha sido ele a amputar-lhe a perna. Callie nunca lho disse, porque sabia que a decisão de amputar a perna a Arizona faria odiá-la e não queria que ela odiasse Alex também. Até aqui tudo bem e muito bonito, mas há uma coisa que sempre me fez imensa confusão. Embora Callie e Arizona não sejam legalmente casadas, toda a gente no hospital sabia que eram um casal. Assim sendo, passa pela cabeça de alguém que Callie alguma vez poderia ter operado Arizona, especialmente numa cirurgia com aquelas implicações? O mundo inteiro teria de estar louco para permitir isso. E Arizona sempre assumiu que tinha sido Callie. Volto a repetir, o mundo inteiro teria de estar louco para o permitir! No entanto, fico contente que agora se saiba. Não porque acho que isto vá ter alguma implicação futura, mas porque é a verdade e todos os envolvidos mereciam saber a história toda.
Para terminar, o que é que aconteceu a Derek? Meredith passou o dia a tentar falar com ele, depois de, não se sabe porquê, ele nunca ter ido à reunião em DC para se demitir. Aquelas imagens deles na cama, a conversarem e a serem fofos, pareceu muito agoirenta. Pareceu que basicamente já estavam a fazer o ‘funeral’ a Derek. Se calhar estou a exagerar, mas não sei… E aquele veículo com luzes vermelhas e azuis a estacionar na casa de Meredith parecia claramente ser da polícia. Assim, é de pensar que só poderão ser más notícias… Será?
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Nota: 7/10
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Diana Sampaio.
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