[Contém spoilers]
Finalmente chegou o dia D, o dia em que Amelia pode ser uma super-heroína, salvar a vida da Dr.ª Herman e fazer história. O dia em que uma mulher que pensou estar condenada a morrer por causa de um tumor pode viver. Não por mais alguns meses, mas durante umas quantas décadas, chegar à velhice. Se tudo correr bem.
Tem de correr bem! Até eu – que não me importo muito se personagens vivem ou morrem, a não ser que estejamos a falar de algum dos meus favoritos – quero que corra bem. Herman está longe de ser uma das minhas preferidas, nem sequer a conheço assim tão bem, mas tem de dar certo. Não quero imaginar o que seria para Amelia ter que lidar com esta ‘derrota’ nem que nenhuma das pessoas que se tornou próxima de Herman sofra uma perda.
O hospital continua a vibrar com este caso. Internos, residentes e assistentes juntam-se na galeria para assistir à grande cirurgia. Tão grande que viria a durar quase dezoito horas. Tão longa que quem começou a assistir acabou por sair, dando lugar a outros, médicos a revezarem-se à medida que as horas passam. Quase todos vão passando por ali, incluindo April, que ainda não voltou ao trabalho, mas não quis perder um momento tão importante.
Enquanto Amelia trava a batalha mais complicada da sua carreira, com Stephanie mesmo ao lado, Arizona tenta estar à altura daquilo que Herman lhe ensinou nos últimos meses e a derradeira prova é a cirurgia a Glenda Castillo. Prova superada com algumas contrariedades, mas de outra forma não teria piada, uma vez que as batalhas difíceis têm sempre mais ‘sabor’. E se Arizona se aguentou bem firme a operar, o mesmo não se pode dizer enquanto espera que a cirurgia a Herman termine. Ela não está preparada para perder a mentora e amiga e Callie mostra mais uma vez ser a pessoa com quem Arizona pode sempre contar, mesmo que já não estejam juntas. Gostava muito que elas se mantivessem realmente amigas; talvez resultem melhor assim do que como casal.
De volta a Amelia, ela trava uma batalha que, mais do que difícil, é impossível. Impossível para qualquer outro cirurgião, exceto para ela, o que não a impede de quase ceder à pressão. Cai mesmo na tentação de pedir para chamarem o Derek, para que ele apanhe um avião e a vá ajudar. POR FAVOR NÃO! Obrigada, Richard, por ter posto juízo na cabeça de Amelia e a ter impedido. Estou farta que tentem transformar Derek num herói quando ele passa tanto tempo a mostrar não ser mais do que um homem caprichoso. Mas não interessa, Derek não é para aqui chamado, nem sequer é ali necessário.
A cirurgia termina com sucesso, o tumor é retirado na totalidade. No entanto, Herman nunca mais acorda, embora não haja razões para isso. É com impaciência que se aguarda. Quando finalmente Herman acorda, tem humor suficiente para gozar com Amelia, Steph e Arizona, chamando pela mãe. O que eu me ri, sabendo (quer dizer, eu não podia ter a certeza, mas estava bastante segura) que estava apenas a ser engraçadinha. No entanto, o tumor deixou as suas marcas, cegando-a. Não é um resultado perfeito, mas está viva, livre do tumor.
Este tumor afinal não era impossível de remover, precisava apenas de alguém que estivesse à altura da tarefa. Quanto a Amelia, deixou seguramente de ser a Outra Shepherd.
Nota: 7,5/10
Diana Sampaio
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