The Calling – 01×01 – He’s Gone
| 27 Dez, 2022
6.3

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O primeiro episódio de The Calling, série da Peacock, denominado He’s Gone, brinda o espectador com uma refrescante narrativa policial, bastante diferente daquilo que temos visto até agora.

Atualmente existe um vasto número de séries policiais e a verdade é que acabam todas por serem semelhantes – é sempre mais do mesmo. No entanto, com The Calling, creio que este padrão pode mudar. Apesar de (ainda) não ter sido renovada para uma nova temporada, esta série promete, para já, entreter-nos com oito episódios repletos de suspense, intrigas cativantes e um excelente diálogo.

O detetive Avraham (Jeff Wilbusch) é conhecido por ter uma capacidade extraordinária de saber manipular e falar com pessoas. A sua empatia e carisma são o que o tornam tão conhecido e admirado no seu meio. É conhecido e reconhecido por ser uma pessoa que tem muita facilidade em quebrar as outras emocionalmente. Na sua profissão, isto, claro está, é uma característica inegavelmente forte e algo que o torna único.

Uma das frases proferidas pelo próprio, quando em conversa com um homem condenado por um homicídio involuntário, é a seguinte: “Sometimes people snap, not because they are criminals, but in fact because they are human. People can only take so much”. É com este tipo de afirmações – e manipulação emocional – que Avraham consegue controlar e resolver os seus casos. Por essa mesma razão, Janine Harris (Juliana Canfield), também detetive, procura uma oportunidade de poder trabalhar com Avraham, de modo a conseguir aprender e perceber o que o torna tão único, cativante e bom profissional. Se isto se irá tornar, dentro de alguns episódios, em algo mais? Não sei, mas existe, efetivamente, algo que podemos fazer: porque não uma sessão de binging de fim de ano?

Neste primeiro episódio de The Calling, a narrativa gira à volta do desaparecimento de um jovem de 16 anos. Entre conversas, interrogatórios e pistas, os dois detetives procuram o jovem por toda a parte. O fim do episódio, apesar de nos dar, mais ou menos, uma resposta à pergunta “onde está o rapaz?”, acaba por nos deixar num cliffhanger.

Por outro lado, uma grande questão que paira no ar e que não aparenta ter uma resposta concreta ao longo de todo o episódio piloto é: será que Avraham tem, ou não, poderes sobrenaturais que lhe permitem resolver casos mais facilmente e de forma mais célere? Será a sua empatia e a sua capacidade de se relacionar com as pessoas apenas uma mera consequência dos seus poderes? Isto é algo que fica por responder, pelo menos por agora. Contudo, confesso que fiquei intrigada com esta possibilidade: os olhares austeros e intimidantes, os toques pouco usuais e duradouros, as visões, enfim… fiquei com muita vontade de acabar de ver The Calling.

Outro ponto também relevante e que, para mim, é crucial numa boa série é a química entre os dois detetives. O trabalho em conjunto dos dois e a forma como lidam um com o outro é absolutamente incrível. A resistência, paciência e frustração que ambos sentem relativamente um ao outro tornam toda a dinâmica muito divertida e fascinante.

Creio que esta é uma série que tem potencial para agradar a toda a gente: dos mais velhos aos mais novos. As personagens são fortes, a narrativa é interessante e a cinematografia também não fica muito atrás. Recomendo!

Por cá, podes ver a série na SkyShowtime.

6.3
7
Interpretação
7
Argumento
7
Realização
Banda Sonora

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