Blockbuster é a nova série de comédia da Netflix sobre as aventuras dos trabalhadores da última Blockbuster, a famosa loja de aluguer de filmes e jogos, do planeta.
No episódio piloto de Blockbuster, Timmy (Randall Park) recebe a notícia de que a sua loja é a última do mundo e decide que fará de tudo para manter as portas abertas e os amigos empregados, mostrando que a última Blockbuster pode muito bem contribuir para atear as ligações humanas que se foram perdendo na era digital. Uma ótima premissa desperdiçada numa série medíocre.
Não me interpretes mal, Blockbuster parece ser uma boa desculpa para reunir a família em frente da televisão e contar aos mais novos histórias do tempo em que ainda se saía de casa para alugar filmes, mas não há nada que a distinga de todas as outras dezenas de comédias passadas em locais de trabalho. Na verdade, qualquer outra loja podia ser o cenário de Blockbuster, que não parece ter nada de significativo, sagaz ou engraçado a dizer sobre o desafio de tentar manter vivo o aluguer de vídeos na era das plataformas de streaming. Para além disso, para algo que se apresenta como uma comédia, Blockbuster não tem muita piada. Talvez o mais engraçado da série seja mesmo o facto de ela estar disponível na Netflix, uma das grandes forças que empurrou a Blockbuster Video para a falência.
Com uma premissa promissora e um talentoso elenco, Blockbuster tinha peças suficientes para se tornar numa mordaz e nostálgica comédia satírica, mas faltou-lhe a ousadia para tal. Em vez disso, preferiu jogar pelo seguro e conceder aos seus espectadores uma fórmula cansada, dando-lhes algo que os entretenha durante um bocado, mas que facilmente esquecerão.
Já podes ver os dez episódios de Blockbuster na Netflix.