Outlander regressou com The World Upside Down, um episódio tão confuso como o próprio estado de Claire. Não quero ser mal interpretada, pois gostei bastante do episódio; foi dos meus favoritos desta temporada. O que quero dizer é que a montagem e a construção da narrativa deste episódio conseguiram-nos transportar para a pele de Claire e para o que ela sentiu.

Muito aconteceu neste episódio, o que me parece ser um padrão para a segunda metade desta temporada. Este sexto episódio marcou o culminar de um ciclo que vai dar início a outro: a revolução em Fraser’s Ridge.

Tudo começou com uma doença que atingiu várias pessoas em Ridge e que terminou com Claire a ficar doente – mas não com a mesma doença. Não sei se me escapou alguma informação, mas ainda estou para perceber como é que Claire e Tom Christie tinham a mesma doença! Com este acontecimento, aparece-nos uma Claire de cabelo curto. Na minha ótica, não tem grande relevância, mas parece que para a época era realmente chocante. Ainda assim, estamos habituados a uma Claire forte, não insegura, pelo que foi interessante ver esta faceta. Por muito que não goste que exista uma necessidade de validação, as conversas que Jamie e Claire têm neste episódio, depois de ela ter o seu novo corte de cabelo, são muito enternecedoras.

Embora já se suspeitasse que Malva não era de confiança, confesso que fui apanhada de surpresa com esta acusação que fez a Jamie. No mesmo grau de surpresa esteve a revelação do envolvimento de Ian com Malva. No episódio em que os vimos conversar, tinha ficado a gostar da química deles, mas desde que ela foi apanhada na igreja com outro homem, nunca mais pensei neles. Se daqui vai sair uma revolução que quem sabe poderá levar ao tal incêndio que se prevê em Ridge, também saiu a confissão de Jamie sobre a sua “traição” a Claire.

Agora aquele final, esse sim, deixa uma pessoa de queixo caído. Não quero acreditar que Claire fosse matar Malva, mas dá que pensar sobre o estado a que a própria Claire chegou. Talvez este seja o sinal para ela parar e lidar com os seus fantasmas de outra forma.