[Este artigo contém spoilers!]
A faltar um episódio para o fim de The 100, a sensação com que estou depois de ter visto o penúltimo da série é que ainda falta explicar tanta coisa para só termos apenas mais um capítulo pela frente. Mas já lá vamos.
Para mim, este episódio funcionou bem. A par do que aconteceu a semana passada, o episódio não é espetacular, mas tem os seus momentos bons. Diria que depois da morte de Bellamy, principalmente pela forma como aconteceu, será difícil um episódio deixar-nos tão insatisfeitos e, por isso, não consigo atribuir grande mérito por termos episódios razoáveis.
A melhor parte, e claramente o que fica deste episódio, são os momentos de tensão. Começamos pelo momento com que tinha acabado o episódio passado: Emori e Murphy levaram com uma derrocada em cima. Ao contrário do que pensei na altura, quem praticamente saiu ileso do ocorrido foi Murphy. Já a nossa Emori ficou completamente subterrada e com um ferro espetado no abdómen. Seguiram-se momentos de tensão intensos com Murphy, Raven e Jackson a tentarem por tudo salvar Emori de uma hemorragia imparável. Jackson não tinha como salvar Emori, mas Raven e Murphy deram tudo para encontrar a pedra da anomalia. Na minha opinião, o crescimento de Murphy ao longo das temporadas tem sido muito bem feito e vê-lo nesta pele de herói rebelde mas com um coração de manteiga desesperado por salvar o amor da sua vida foi das coisas mais bonitas da temporada. A conversa de Raven com Emori também foi bem marcante e emocionou qualquer um. Apesar de os três terem conseguido levar Emori para Sanctum onde Jackson a poderá operar, a ideia com que fiquei é que infelizmente Emori irá mesmo morrer. Será triste e certamente revoltante para Murphy, mas tudo neste episódio apontou para isso.
O outro momento, e confesso que foi dos momentos mais emocionantes de toda a série, foi, como já devem estar a imaginar, Clarke a decidir matar Madi. Infelizmente, Cadogan lá conseguiu o código e a guerra ou teste (sinceramente aquilo não parece ter explicação) vai começar. Cadogan deixou Madi em estado vegetal e não existe forma de a tirar daquilo. Ela está presa no corpo dela. Ouve e percebe as coisas, mas não consegue expressar qualquer movimento ou palavra, o que deixa Clarke numa posição horrível. A cena a seguir é super poderosa. O facto de Clarke decidir pôr fim ao sofrimento de Madi é duro, mas vermos Clarke a falar diretamente para a câmara quando está a falar para Madi transporta-nos para o papel dela e é impossível não ficar arrepiado. Ainda para mais quando pensamos que a atriz Eliza Taylor que interpreta Clarke teve um aborto pouco tempo antes de filmar esta cena. É e foi certamente muito duro daí a dor no olhar de Clarke/Eliza ser tão poderoso. Foi uma cena difícil de ver.
Bem, tudo está pronto para esta tal transcendência final cuja resposta, espero eu, apareça neste último episódio. Entretanto, e porque sou curioso, andei a investigar e existe uma teoria que parece cada vez fazer mais sentido. A teoria defende que tudo o que acontece em The 100 é um loop para melhorar a humanidade. Vou tentar explicar. Sabem o símbolo do infinito? o número 8 deitado de lado. Bem, esse símbolo aparece inúmeras vezes na série, principalidade em tudo o que tem a ver com a chama. Aparece também no lógotipo da série quando os dois zeros de 100 se juntam formando o símbolo. Basicamente, tudo o que acontece é um teste para ver se a humanidade está pronta a recomeçar e no final alguém terá de decidir se a humanidade estará ou não pronta. Caso não esteja, tudo recomeça outra vez como quando jogamos aqueles jogos onde tomamos decisões e cada decisão muda o rumo da história, estão a ver? A teoria diz que no final Clarke irá recomeçar a história e vamos acabar a ver todos os personagens vivos de novo. Caso não saibam, a série terá um minuto a mais depois dos créditos e esse minuto mostrará qual das tentativas deu certo para a humanidade.
O que acho desta teoria?
É interessante e certamente daria um final diferente e arrisco a dizer mais interessante do que aquele que poderemos estar à espera. Poderíamos dizer que seria um final mais criativo. O final que estou a imaginar é com a morte de Clarke e talvez Octavia ou Murphy e com a humanidade a recomeçar com o pessoal que está na terra. Mas comparando estas duas ideias, devo dizer que gosto mais da ideia apresentada na teoria. Infelizmente, e como temos visto ao longo da temporada, as teorias dos fãs têm sido bem mais interessantes do que a história em si.
Para a semana cá estaremos para falar sobre o tão esperado último episódio desta série.
Até para a semana!
Carlos Real