[Contém spoilers]
Depois de um episódio fantástico na semana passada, seria de esperar que o episódio desta semana fosse menos intenso. Apesar de ser a última temporada, a verdade é que nem todos os episódios podem ser como o anterior e o episódio desta semana foi mais calmo e sem dúvida menos memorável como o anterior.
Como era de esperar, partimos do ponto onde Clarke ditou a morte de Russel. Sejamos sinceros, já todos sabíamos que o agora portador do Sheidheda não ia morrer só não sabíamos como ele iria escapar à morte. Pois bem, para dizer a verdade, a maioria das opções que fomos lançando para cima da mesa não deram em nada.
A Clarke está bem diferente nesta temporada! A perda da mãe fez com que a jovem ficasse mais terra à terra. Sentimos que ela agora só quer paz, mas infelizmente vive num mundo rodeado pelo hábito da guerra. Sentimos até alguma pena de Clarke em ter de condenar Russel à morte. Ela até parece arrependida do que lhe fez no primeiro episódio.
Mas bem, Russel safou-se devido a três coisas. A perda de liderança dos wonkru já que estes questionam a falta de acompanhamento de Madi. Do começo de uma guerra civil entre os povos que vai despontar. E da ajuda do Jordan. Pelo amor de Deus, esta personagem já irrita só de aparecer. Parece que ele só serve para fazer asneiras. Quando ele aparece já sabemos que ele vai arranjar forma de estragar tudo. Confesso que estou um bocado grande farto do Jordan. E assim, com todos estes alicerces, o Russel/Sheidheda conseguiu safar-se e vai provocar uma guerra civil.
Enquanto tudo isto acontecia, Raven é obrigada a intervir. Um problema com a radiação obriga a que ela tenha de sacrificar uns habitantes para impedirem que o Sanctum seja destruído. Embora ela saiba que a radiação vai matar os homens que a estão a ajudar, ela não lhes diz nada deixando-os à mercê da morte. Foi uma decisão difícil de Raven e gostei de ver esse lado dela ao ter de assumir um peso gigante. Ainda assim não foi nada de novo em The 100.
O episódio acabou por ser muito pouco interessante no ponto de vista narrativo. Tivemos alguns progressos, mas senti que foi um daqueles episódios de meio de temporada que estão lá para fazer número. Desde o início sabíamos que o Russel se iria safar e que no último segundo a Raven ia salvar o Sanctum. Ainda tivemos ali uns momentos onde parecia que a Emori podia ter morrido e aí dar um novo ênfase ao episódio, mas tudo não passou de apenas um susto. Dado isto, ficamos com um episódio morno, mas que vem lançar a guerra entre povos que à muito imaginávamos. Foi por isso um episódio necessário, mas não memorável.
Até para a semana!
Carlos Real