[Contém spoilers]
Neste episódio de Blindspot, a equipa tenta impedir Madeline de conseguir os carregamentos de ZIP, enquanto descobrimos um pouco mais do seu passado e do seu plano. Foi um episódio decente, sem brilhar, como ainda nenhum conseguiu fazer esta temporada, mas conseguiu entreter durante 42 minutos.
Jane chega a pensar em entregar-se a Madeline para parar a perseguição aos restantes membros, mas é uma ideia sem sentido, uma vez que já foi fácil perceber que Madeline não vai parar na sua procura de poder para se tentar tornar Vice-Presidente dos EUA – e possivelmente até Presidente, a certa altura. Neste episódio aparece também o filho de Madeline e até se mostrou uma boa personagem, acabando por ajudar Zapata e por rebeliar-se contra a sua própria mãe. Sinto que era uma boa narrativa para terem explorado em mais do que um episódio, por exemplo: introduzi-lo no episódio 5 já a preparar este momento e quando fosse crucial ele acabava por trair a mãe depois de muito duvidar das suas ações. No entanto, foi um pouco longe e Madeline percebeu o que ele tinha feito e mais uma vez mostrou-se sem escrúpulos para com a sua própria família. Nada de surpreendente desde o momento em que a conhecemos, a diferença é que o filho continua vivo, mas sem memórias, porque ela usou nele uma dose de ZIP.
Um ponto que não tem sido muito explorado é se toda a gente que for alvo do ataque vai ficar com o sangue envenenado como Jane ficou por causa do ZIP ou se existe alguma diferença nas doses ou na fórmula. A parte mais negativa desta temporada é que os episódios parecem soltos; não há quase arcos de personagens, exceto o luto que Zapata teve nos primeiros episódios, que durem mais do que um episódio; tudo parece pouco interligado e já só faltam quatro episódios, por isso o espaço de manobra para nos deixar maravilhados não é muito e cada vez acho mais que não irá haver um final memorável. Mesmo dentro do grupo, a ligação entre eles não parece a mesma, tudo bem que estão fechados dentro de um bunker e é normal que fiquem fartos uns dos outros, mas ainda não vi um momento de grupo que me deixasse mais nostálgico do tempo em que funcionavam como uma equipa.
E vocês, o que acharam?
Raul Araújo