[Contém spoilers]
Com este episódio atingimos a metade da temporada e acho que já estamos em condições de dizer que entretém mas não vai ser memorável. São 43 minutos que não se passam mal, mas não fico em ânsias para o próximo episódio. Este foi mais um, ligeiramente melhor que os anteriores, mas talvez pela introdução de Ice Cream, que é uma personagem muito semelhante ao Rich, na sua maneira extravagante de ser e de fazer as coisas, mas que continua a ter alguma emoção e conteúdo associado.
Neste episódio Kurt e Jane vão atrás de um conhecido assassino que roubou uns quadros que eles têm que encontrar. Como nada ocorre da maneira mais fácil Irving resiste e começa a disparar contra ambos, obrigado Kurt a responder com fogo letal, como já aconteceu outras vezes no passado. Nada de especial, diríamos nós. só que Jane ficou chateada/zangada com Kurt por ter morto um homem, que, repito, estava a disparar contra ambos. Atenção, seria perfeitamente natural se fosse a primeira vez, mas como Kurt e Jane, ambos já mataram no passado. Parece que queriam criar discórdia entre Jane e Weller e fizeram-no de uma forma um pouco preguiçosa. Também já falta pouco para acabar, não têm grande tempo para construir um arco à volta disso.
Ao contrário dos anteriores, este não foi propriamente focado numa pessoa, foi mais no casal principal mas com bastante participação dos restantes, Aliás na segunda metade o foco muda para Patterson e Rich, enquanto visitam um mosteiro, onde estão escondidos os quadros. Aqui consegui ver um vislumbre do antigo Blindspot, com uns toques de mistério e de pequenos puzzles, quando Rich descobre a pista no quadros dos amputados. E finalmente descobrimos uma parte do plano de Madeline. Criar em massa o vírus ZIP, usado previamente em Jane que faz com que as pessoas percam a memória. Fica é a faltar perceber qual o objetivo de tal jogada? Não faz sentido que seja só porque sim, ou para interligar com o passado de Jane, tem que haver um motivo plausível. Esperemos vir a descobrir nos próximos episódios.
Acho que a parte do Weitz apesar de pequena, foi muito bem conseguida, toda a interação dele resume a sua personalidade. Quer fazer o bem e tenta muito lutar contra Madeline, mas no final do dia, se uma ação lhe poupou a vida acaba por preferir tomar esse caminho.
E vocês o que acharam?
Raul Araújo