Este artigo contém spoilers!
Foi mais um incrível episódio da nossa série. The 100 atingiu um nível nesta temporada muito diferente do que pensei que fosse atingir. Este episódio, por exemplo, é um excelente explorar da intensidade humana na altura da perda dos que mais amamos. É curioso uma série típica de adolescentes tratar temas tão interessantes e até de cariz humano que não é assim tão normal nas séries do género.
Neste episódio tivemos Russell, que ficou fora de si quando a esposa morreu. Como seria de esperar, quis de imediato arranjar um novo corpo para ela. Ao perceber que não ia conseguir, virou tudo do avesso e declarou morte a todos. Confesso que achei as cenas de Russell incríveis. Primeiro devo dizer que, a nível de imagem, este episódio conseguiu captar momentos fantásticos para amantes de planos bonitos, como é o meu caso. A cena de Russell a mandar queimar um homem na fogueira é bastante intensa. Diria até poética, de certa forma. O personagem de Russell deixa-me sempre com sentimentos opostos porque, por um lado, toma decisões que são más, mas, por outro, conseguimos sentir a dor e o peso nele de tomar essas decisões e acabamos por simpatizar com ele. É um vilão diferente e gosto muito de o ver nas cenas.
Bellamy também teve um papel importante ao salvar mais uma vez Clarke. Curiosa a forma como aos poucos vamos vendo o amor que estes dois sentem um pelo outro. Mais do que bonita ou tocante, a última cena do episódio transpareceu verdade, o que me deixa muito emocionado enquanto mero espectador. O nosso Bellamy trouxe a nossa Clarke de volta quando já ninguém pensava ser possível e foi uma cena que certamente emocionou muitos fãs.
Mais uma vez não posso não falar das cenas entre Clarke e Josephine. Ver as duas juntas é um regalo! Muito talento e ritmo juntos em cenas muito criativas e tocantes. Não sei se terá sido o fim definitivo de Josephine, mas se for vai deixar saudades.
Para terminar, só posso elogiar mais uma vez a condução deste episódio. Esta temporada está mesmo a superar todas as expectativas que tinha. Se calhar subestimei a série, mas é bom quando nos provam que estamos errados e que temos muito mais para ver. Que The 100 continue a surpreender semana após semana.
Carlos Real