Este artigo contém spoilers!
Depois de uma pequena pausa, a nossa série voltou, mas com um ritmo bem mais calmo do que aquele com que se despediu nos cinco primeiros episódios. O começo foi muito bom, bem melhor do que esperava, mas agora entramos numa fase mais calma para depois termos um final de temporada que acredito que será em grande. Pelo menos a expectativa está lá no alto.
Memento Mori, para além de ser o nome do episódio, é uma expressão vinda do latim que diz qualquer coisa como “Lembra-te que vais morrer”. A morte tem sido precisamente o grande tema da temporada. Os Primes acreditam terem enganado a morte, mas são as consequências morais desse gesto que nos levam em várias direções ao longo dos episódios. Neste, mais em concreto, tivemos a oportunidade de ver Josephine em ação a tentar fazer-se passar por Clarke. Murphy foi o professor dela e ver a interação dos dois foi muito interessante. Gostei também de Bellamy. Numa semana em que fomos apanhados de surpresa com a notícia do casamente entre os protagonistas da série na vida real, ver a dor do nosso Bellamy com a morte de Clarke foi impressionante. Bob Morley arrasou e vem sustentar algo que tenho achado esta temporada que é o sobressair da qualidade dos atores. A série conta com muito talentos nos seus quadros.
O resto do episódio foi muito morno e até meio confuso a dada altura. Isto porque eles foram mostrando um pouco de cada núcleo, mas sem desenvolver muito e soube a pouco. Achei meio fora do contexto a narrativa de Madi, que começa a interagir com um homem que é uma espécie de guardião da chama que só ela vê. Ok, percebo a proposta, mas foi um pouco gratuito ele colocá-la contra Gaia quase do nada. Achei um pouco forçado. Continuando em Madi e juntando a isto Abby, achei que foi muito fácil para Josephine conseguir enganar as duas. Abby é a mãe de Clarke e Madi passou seis anos só com ela e mesmo assim nenhuma delas percebeu que algo estava errado. Até Echo percebeu! Além disso, convenhamos que a forma de ser de Clarke e Josephine são completamente diferentes e mesmo assim Abby aceitou fazer nightbloods quando a própria Clarke era contra isso. Podiam ter complicado mais.
Raven e Emori tiveram mais tempo de tela. Emori não se destacou muito. O clã dela era Murphy e neste momento ele está completamente focado noutra história, por isso Emori terá a tendência de desaparecer aos poucos. Colocar Emori com Raven pode ser interessante, mas a mecânica e Ryker roubam a cena. Acho que Ryker poderá a vir a ser um personagem muito interessante. Octavia e Dyioza continuam com Xavier, que tem de salvar Octavia da infeção criada pela radiação. Nota para uma cena linda do ponto de vista visual que é quando os três estão junto às rochas e Xavier ajuda Octavia. Os tons de azul em contraste com o resto da imagem são uma maravilha. Muito bem feito!
Não me resta muito mais a dizer. O episódio seis foi tranquilo e acabou tranquilo com Josephine a deitar-se na sua cama para dormir. Tudo estava bem, até que, na cabeça de Josephine, Clarke acorda. Sim, ela voltou! Não deu para perceber muito, mas uma coisa é certa_ Clarke vai lutar contra Josephine na sua própria cabeça. É um arco interessante e mostra que quase nada consegue derrubar Clarke.
Só mesmo para terminar, o melhor do episódio foi Josephine a falar português. Fica o convite para Eliza Taylor nos visitar e dar uma entrevista em bom português aqui ao Séries daTv. Eliza, se leres isto, é só entrar em contacto!
Carlos Real