The Fix – 01×01 – Pilot
| 26 Mar, 2019

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A nova série da ABC, The Fix, apresenta-nos Maya Travis (Robin Tunney) que perdeu um caso de assassinato com o ator Sevvy (Adewale Akinnuoye-Agbaje) há 8 anos atrás, com a defesa de Sevvy a argumentar com descriminação racial para convencer o júri da inocência do ator. Passados 8 anos, a nova namorada de Sevvy aparece morta e Maya é chamada para investigar o caso.

[Spoilers a partir daqui]

Para quem viu The People v. O.J. Simpson: American Crime Story, a premissa desta nova série não lhe é estranha nem a sua produtora e criadora Marcia Clarke. Marcia, protagonista do caso verídico de O.J. Simpson, apresenta-nos uma espécie de sequela da sua história. Digo isto porque as semelhanças entre a produtora e a protagonista são por demais evidentes, excetuando que Maya tem nova oportunidade para prender o homem que lhe destruiu a carreira e Clarke não teve essa oportunidade. Nesta novo drama, Sevvy é um ator que apesar de ter sido inocentado do assassinato da sua antiga esposa, nunca mais recuperou o brilho e a fama que tivera antes. A nova namorada de Sevvy aparece morta e o antigo parceiro de Maya pede-lhe que regresse de maneira a provar que Sevvy voltou a matar.

Dito desta maneira, parece-nos que a série se torna muito simples e já prevemos como isto acaba. Mas The Fix tem uma história bem mais complexa e profunda do que pode parecer. Para além destas duas personagens, todo o enredo que as envolve é interessante e pode ser bem aproveitado. O advogado de defesa de Sevvy, a personagem secundária que mais se destaca, com dívidas à máfia chinesa, uma colega de trabalho de Maya que se vê relegada para segundo plano com a chegada da primeira e que se revela uma ajuda para Sevvy, uma ex-mulher de Sevvy que é paga pelo próprio para parecer que se dão bem e por último, os filhos do protagonista com a vítima de há 8 anos, que divergem de opinião em relação à inocência do pai. São estes acrescentos à história que dão um twist que torna este piloto bem auspicioso para a série. Contudo, apesar de ter gostado destas pequenas histórias, fica o receio de que possam assumir demasiado protagonismo, desviando a atenção da verdadeira história.

A ritmo bem acelerado, todo o episódio se desenvolve para nos mostrar o quanto Sevvy e Maya são obcecados um com o outro. Não é uma tensão sexual entre ambos, o que se torna um alívio neste tipo de séries, mas sim um medo misturado com ódio. Cabe a Maya não deixar que isso a atrapalhe na nova investigação sobre o assassinato mais recente. Quanto a Sevvy, existem dificuldades em esconder de Maya todo o seu carácter manipulador. Vemos isso quando está a ser interrogado, onde consegue manipular os detetives que o estão a interrogar, mas quando se apercebe da presença de Maya, do outro lado, ameaça-a.

Chegamos ao final do episódio e somos apresentados à melhor cena em 45 minutos. Maya lidera as buscas a casa de Sevvy, mostrando a este que não se deixou intimidar com a ameaça. Aos espectadores deixa uma promessa de uma história que pode atingir níveis de qualidade. Todavia fica a preocupação porque não me parece ter história para mais de uma temporada.

Catarina Lameirinhas

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