[Contém spoilers!]
Finalmente, True Detective está de volta! Desde o trailer que a expetativa para esta temporada era bastante grande, quer fosse porque Mahershala Ali é o personagem principal, quer fosse por todas as vibes que nos transmitia em como seria uma experiência semelhante à 1.ª temporada, temporada esta que apaixonou milhares de pessoas. E no final do primeiro episódio posso dizer que até agora não desiludiu.
O enredo desta temporada é sobre dois irmãos, os Purcell, que desapareceram um dia sem deixar rasto. Acompanhamos o detetive principal do caso, Wayne Hays, em três timelines diferentes. A primeira quando ele está a trabalhar no caso pela primeira vez; uma quando está a contar a história (presumivelmente pouco tempo depois) a alguma entidade; e, por fim, quando está a falar para uma reportagem, já com uma idade avançada e um filho.
Assim, uma coisa é certa, algo de grande e importante aconteceu naquele caso. Grande o suficiente para que se escreva um livro sobre ele e se façam reportagens. Grande o suficiente para que Wayne seja investigado pela sua conduta, por alguém que é capaz de ser dos IA (Internal Affairs), a entidade que investiga a polícia quando há suspeitas de que não estão a fazer o correto. Ao longo do episódio não foi explorado muito sobre o caso e sobre os seus diferentes intervenientes. Começámos um pouco a perceber que o ambiente familiar dos Purcell era suficientemente mau para levar as crianças a fugir e que há vários suspeitos. No entanto, no final do episódio torna-se claro que nenhum deles fugiu de casa.
Quero destacar aqui um ponto que a mim foi o que me convenceu de que esta temporada será novamente espetacular, que foi a dinâmica e conversa entre Wayne e o seu parceiro Roland. Voltamos a encontrar aquelas conversas filosóficas, meio deprimentes, mas extremamente cativantes, que tínhamos na 1.ª temporada entre os personagens de Matthew e Harrelson. Parece que poderemos esperar de novo aquela atmosfera pesada e negra à volta da história, com personagens que nos fazem pensar e repensar nos nossos conceitos sobre a vida e a morte.
É também de notar a intro, que sempre foi genial em qualquer uma das temporadas de True Detective e sem ser uma cópia contínua com a mesma impressão característica. A realização do episódio também foi de excelência, o que contribuiu para que mesmo alguns momentos só de paisagens ou de alguém a caminhar se tornem interessantes e cativantes.
Fiquem também atentos à nossa página, porque quando acabar a 3.ª temporada irá sair uma review de temporada sobre True Detective, que nós daqui não iremos perder um episódio!
O que é que acharam?
Raul Araújo