Contém spoilers!
The Walking Dead continua numa subida estável para o regresso do sucesso da série e daquilo que a tornou famosa. Este episódio teve tudo de bom e não foi nenhum suplício vê-lo, muito pelo contrário. Voltei a estar entusiasmada com a série e ansiosa pelos próximos episódios, o que só pode significar coisas boas.
O episódio foi muito bem construído, providenciando um ping pong de momentos mais calmos com cenas de ação ou de suster a respiração. O que diferencia esta estrutura de outras vistas em episódios fraquitos? É que em Stradivarius as cenas e os diálogos foram interessantes e intercalaram-se com momentos de pausa, onde o espectador pode parar para apreciar somente os cenários. Gostei muito dessas cenas onde observamos apenas o decorrer das tarefas em Hilltop. Não sei se sou só eu, mas gosto muito dessas partes e de perceber que pode haver alguma evolução mesmo depois de tanta tragédia (o que me dá alguma esperança caso alguma espécie de apocalipse venha a ocorrer na realidade). Afinal de contas, o ser humano consegue sempre dar a volta, não é verdade?
Tenho de admitir que as minhas partes preferidas do episódio foram aquelas com Daryl. Não há como não o adorar. Ele está há 5 anos a viver na floresta na esperança de encontrar pelo menos o corpo de Rick! Se isto não é ser-se altruísta e boa pessoa não sei o que será. Para além de que tem um cão que apropriadamente se chama Dog! Segundo uma publicação que vi online, Norman Reedus já andava há várias temporadas a pedir aos produtores para arranjarem um cão a Daryl e parece que finalmente lhe fizeram a vontade! Digam-lá que não tremeram que nem varas na cena em que os walkers quase comem o pobre canito? Eu cá tremi! Só peço aos deuses das séries que não matem este cão, por favor! Também gostei muito das interações com Carol e Henry e acho que Daryl é agora uma espécie de padrinho do miúdo. Aquela pequena cena entre Aaron e Jesus deixou-me a pulga atrás da orelha… Serão ou poderão vir a ser um casal? Eu gostava que sim. Acho que combinam bem um com o outro. Já agora, que raio aconteceu a Maggie?
As cenas com as novas adições foram muito interessantes e deram para perceber que houve um corte radical nas comunicações entre os santuários. Será que Michonne se tem recusado a ir a Hilltop porque, no fundo, a culpa de Rick ter “morrido” foi de Maggie e Daryl? Percebo a perspetiva dela, mas há que considerar as circunstâncias em que se encontram e que a comunicação e cooperação é fundamental. De qualquer das formas, os novos elementos têm-se mostrado boas apostas e de certeza que ainda há muito para descobrir sobre eles. Aquela obsessão de Luke com instrumentos musicais traz água no bico… E parece-me que as habilidades de Connie para detetar movimentos serão cruciais com a chegada dos Whisperers.
Por falar neles, têm-se mostrado tímidos em aparecer integralmente, o que tem abonado a favor da série, na minha opinião. Está-se a criar um grande suspense em torno desta nova ameaça ainda desconhecida para as personagens, o que me faz esperar que não arruínem tudo quando realmente forem revelados. Tenho esperança que este seja o factor que fará a série dar a tal volta de 180º que precisa.
Viram o promo do próximo episódio? Evolution parece ser um grande episódio, com tudo para dar certo e com o regresso daquele terror inicial da série.
Beatriz Caetano