Into the Dark – 01×02 – Flesh and Blood
| 10 Nov, 2018

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Contém Spoilers!

Se tinha ficado agradavelmente surpreendido com o primeiro episódio, o mesmo não aconteceu com este. Desta vez a época especial em que a série pega é o dia de Ação de Graças, mas, ao contrário do episódio do Halloween, esse evento não tem impacto nenhum na série. Apenas acontece que o dia onde se desenrola a maior parte da história é o dia de Ação de Graças, mais nada!

O próprio começo é muito lento e desinteressante, demorei um bom bocado a finalmente ficar interessado no episódio, algo que só aconteceu quando Kimberly decide explorar o sótão na ausência do pai, para ver o que é que ele andava a fazer lá em cima todas as noites. Kimberly vivia só com o pai, depois de a mãe ter sido assassinada e nunca se ter descoberto o seu homicida. Kimberly ficou marcada por isto e desenvolveu uma crise de agorafobia, um medo irracional do mundo exterior. Sentia-se segura em casa com o pai, mas em mais lado nenhum.

Um dia vê nas notícias que uma jovem está desaparecida e, por acaso, tem um colar igual ao seu, com a mesma marca e tudo, e decide confrontar o seu pai quanto a isso, uma vez que ele lhe tinha oferecido o colar. Isso desencadeia uma série de eventos onde nos vamos apercebendo que ela vive com um psicopata responsável por uma série de homicídios e que utiliza a condição psicológica de Kim contra ela.

Na minha opinião, acho que tenta ser uma versão moderna de The Shining, mas sem metade da genialidade de Kubrick, de King e de Jack Nicholson. No entanto, os elementos estão todos lá: o pai que começa a tornar-se violento contra a filha, a mulher que sofreu consequências com isso… A cena que me fez perceber a tentativa de ser semelhante foi quando o pai de Kim tenta entrar no seu quarto à força. Quase que esperava ouvir um “Here’s Johnny”.

Apesar de não ter criado empatia ou interesse com nenhuma das personagens, o episódio consegue transmitir uma sensação de urgência e adrenalina durante as cenas finais, em que damos por nós verdadeiramente presos ao ecrã para descobrir se Kimberly vai conseguir sobreviver ou não. Isso juntamente com o facto de terem explorado um pouco o papel de uma doença psicológica, associada à paranoia e medo, criou um clima interessante durante toda a fase de descoberta acerca dos hobbies do seu pai. Algo que também me surpreendeu foi a maneira como Kimberly, alguém que vivia no medo constante, confrontava o seu pai com as acusações que fazia. Cada vez que ela descobria algo esperava que o escondesse para ela, mas não, atirava-lhe isso à cara e fazia-lhe frente.

O final em si, acho que podiam ter feito mais cinco minutos para dar uma sensação de término, mas percebo o porquê de terem ficado por ali. O episódio foi um pouco maçador, até porque tem uma hora e meia e não tem qualidade para tal, mas acaba por se ver. Não fiquei fã e se tivesse sido o meu primeiro contacto com a série, provavelmente ficaria por aqui, mas irei dar mais oportunidades, até porque a cada episódio a história é diferente, assim como o leque de atores.

O que acharam?

Raul Araújo

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