How To Get Away With Murder é a série que nos leva até um mundo onde é o suspense que governa e que deixa aqueles que a veem num estado de espectativa inimaginável. Não há série melhor para quem gosta de um bom mistério e de teorizar sobre todas as variantes possíveis e imagináveis, e este episódio é a prova viva disso. HTGAWM está melhor do que nunca, talvez mesmo melhor do que a primeira temporada, tendo em conta que já muita coisa foi feita e que o factor surpresa se torna mais difícil de fazer ao longo dos anos.
I Want To Love You Until The Day I Die teve de tudo, mas abundou em romance, suspense e choque. Todo o episódio foi muito bem construído, com todas as cenas a interligarem-se de modo a formarem as respostas às questões colocadas nos sete episódios anteriores e a criarem novas. Não consigo apontar uma única falha a nível técnico.
A nível de argumento também esteve tudo 5 estrelas, claro. Em termos do casamento em si, a cerimónia religiosa foi muito melhor do que estava à espera e não teve quase elementos nenhuns de religião, diga-se de passagem, o que gostei muito. Focaram-se em Oliver e Connor e naquilo que os une. Era preciso um episódio assim, ou pelo menos algumas cenas assim: de puro romance e felicidade onde nos esquecemos de toda a tragédia que envolve estas personagens. Da mesma forma, a festa permitiu momentos de divertimento, onde se estava apenas e somente a celebrar o amor entre duas pessoas. O gesto de Oliver, ao cantar “All Of Me” para Connor, foi uma boa surpresa. Acho que ninguém estava à espera!
Quanto à revelação do assassinado, o que dizer? Apenas dar os parabéns a toda a equipa de produção, porque mais uma vez acertaram em cheio e criaram um plot fantástico. Verdade seja dita que uma das teorias que aqui partilhei era precisamente a de que Miller estava envolvido na morte do pai de Nate e que este descobria e se vingava. No entanto, foi um tiro no escuro e de tudo aquilo que me passou pela cabeça foi a única coisa que acertei. É isto que me faz gostar tanto de HTGAWM (e que me frustra, também): por mais que pense em tudo o que pode acontecer nunca vou acertar, porque é sempre algo super inesperado. Gostei do facto de terem feito Nate matar Miller da mesma forma que o seu pai matou o outro homem na prisão. Foi um paralelismo bem conseguido.
Isto leva-me ao facto de finalmente ter sido revelada a identidade de Gabriel. Alguma vez me iria lembrar que Gabriel fosse filho de Sam?! Nunca! Sam é mais do que águas passadas e é muito rebuscado terem-no resgatado. Contudo, são estes plot twists que prendem o espectador. Sem dúvida que a adição de Gabriel à história fez a série ganhar muito e contribuir para nos dar coisas novas. Espero que continuem a saber aproveitá-lo até ao fim da temporada.
Questões levantadas:
Beatriz Caetano