This Is Us – 03×05 – Toby
| 27 Out, 2018

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Depois da nossa viagem até ao Vietname, o episódio desta semana trouxe-nos de volta ao momento onde nos tinha deixado há duas semanas atrás, o presente e o imediato pós-Jack.  O nome do episódio dá uma boa sugestão de quem pode estar debaixo de foco, mas não foi um episódio exclusivo de personagem, tendo constituído inclusivamente um momento de viragem de página e de novos começos, novas demandas que prometem grandes cenas para os próximos capítulos da vida dos Pearson e companhia.

Depois de um longo período dedicado à relação de Randall e Beth com a difícil adaptação de Deja, em boa hora os autores decidiram escrever uma importante, motivante e entusiasmante nova fase para o casal. Randall tem agora um novo desafio que permitirá a Sterling K. Brown continuar a brilhar e a surpreender com o seu altruísmo e resiliência. Desta feita a tarefa não se avizinha fácil, o público-alvo é daqueles complicados, mas se alguém pode “vender champô a um careca” é Randall. E Beth, que se viu na mó de baixo há bem pouco tempo, continua a ser uma força da natureza e a levantar-se em grande estilo rumo a novas conquistas.

O passado também nos leva a uma nova fase para o mal-amado da série. É o tempo de Miguel se redimir e de ter uma oportunidade junto dos fãs da série e personificar o grande valor da amizade que compôs com o seu grande amigo.

Foi um episódio forte em musicalidade, com “Kate-Adele” a mostrar novamente os seus dotes com uma música cuja letra encaixou na perfeição nos momentos a que serviu de ‘suporte’, nomeadamente nas imagens do passado, com Miguel a fazer os possíveis para “aconchegar” a família Pearson e com Kevin à procura de respostas do passado (rendido a esta cena!) E voltámos a ouvir a voz angelical de Mandy Moore.

E, finalmente, a série a provar-nos que não há papéis secundários. Miguel teve o seu espaço e Toby foi o anfitrião do episódio. E, mais uma vez, o excelente trabalho de casting traz-nos uma versão jovem de um personagem que combina tão bem com a sua imagem e personalidade presentes. Toby tem servido o propósito de ser o entertainer, o quebra-gelo dos momentos mais tensos, a brisa de ar fresco do presente da série, mas, também para ele, os autores estão a escrever algo maior, com a conjugação de todos os receios associados ao sonho de ser pai à sua doença. E quão impressionante e admirável é esta luta que Toby e tantas outras pessoas travam contra uma doença que tenta roubar a “característica alegria” que vimos que sempre fez parte desta personalidade irreverente e bem-disposta. E que responsabilidade é representar a doença mental, uma doença com um impacto tão grande na vida de milhões de doentes e das suas famílias por este mundo fora! Parece-me a mim a personagem ideal para envergar esta capa e ajudar a desmistificar esta doença e ajudar a compreendê-la com todo o cuidado que a doença exige, mas com uma mensagem de esperança a vir sempre ao de cima. Toby merece os maiores louvores de representação neste episódio em que sua performance se transforma entre o “lado feliz” e a sombra da doença.

Não foi um episódio de grandes avanços, mas com grandes notícias que servem de preparação para tudo o que aí vem e, quanto a mim, estou ansioso por tudo isso.

André Borrego

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