Antes de tudo o resto, quero prestar homenagem ao grande Scott Wilson, que interpretou o personagem Hershel Greene durante as temporadas 3 e 4. Scott faleceu no passado domingo, data de estreia desta 9.ª temporada nos EUA, onde, curiosamente, o seu personagem irá fazer uma aparição especial. Coincidência? Rest in peace.
The Walking Dead pura e simplesmente já não é aquilo que era. Nos primeiros anos, quando se aproximava a estreia de uma temporada, ficava super entusiasmada e mal podia esperar para ver o novo episódio. Agora? Agora é mais uma espécie de “sacrifício” que uma pessoa faz para ver se melhorou alguma coisa e também para não deixar a meio algo que se vê há 9 anos.
Dito isto, o episódio não foi nada de especial. Para uma season premiere, então, deixou muitíssimo a desejar. Não houve momentos inesperados, cenas de suster a respiração nem ocasiões mais emocionais. As cenas que teriam potencial para despertar estas emoções, como quando estão a retirar a carroça e os outros instrumentos do museu e passam por cima daquele chão de vidro ou quando Ken morre, foram mais do que previsíveis e perderam qualquer impacto que poderiam ter causado. Já não há surpresas em TWD.
O momento alto do episódio (e não foi tão alto quanto isso) prendeu-se com a morte de Gregory. No início do episódio, quando percebi que esta personagem inútil continuava viva, parte de mim pensou em parar de ver logo ali. No entanto, os showrunners perceberam finalmente que Gregory não fazia falta nenhuma e deram-lhe uma morte merecida às mãos de Maggie. Aleluia!
Momentos altos e baixos aparte… Carol e Ezekiel? Eww! A Carol devia estar com o Daryl há séculos! Não gostei deste casalinho e confesso que continuo a achar estranho ver Rick e Michonne juntos. Há qualquer coisa neles enquanto casal que não fica bem. Talvez a química entre os próprios atores não seja grande coisa. Ao contrário de Melissa (Carol) e Norman (Daryl), que têm uma química do caraças! Mas pronto, ao fim de nove temporadas já deu para perceber que Caryl nunca vai acontecer.
Maggie já é mãe, uma vez que a série saltou no tempo cerca de ano e meio (pelas minhas contas) e o pequeno Hershel é tão fofinho! Gostei muito que tivessem dado o nome do pai da Maggie ao bebé. Parece que estavam a adivinhar… Apesar de preferir que lhe tivessem chamado Glenn (por todas as razões e mais alguma), fico contente que a personagem de Scott Wilson tenha sido homenageada de uma forma tão querida.
Parece que a união de Maggie, Daryl e Jesus na finale não surtiu efeitos. Pelo menos, efeitos que tenham mostrado neste episódio. Negan continua vivo e este trio e Rick continuam amigos como dantes. Admito que estou um pouco curiosa para saber o que aconteceu neste ano e meio. Onde se encaixa Negan neste novo mundo? Aparentemente estava certa numa coisa: nem toda a gente se esqueceu assim tão facilmente do seu líder implacável e parece que querem Negan de volta no comando. Mais tarde ou mais cedo temos uma rebelião nas mãos.
E assim começou a 9.ª temporada da série de zombies mais conhecida à face da terra. Foi um bom começo? Nem por isso, mas espero que melhore nos próximos episódios. A paciência para esta história já não é muita, mas a esperança numa evolução positiva ainda cá está. Seria demasiado triste despedirmo-nos do grande Rick Grimes numa nota tão negativa.
E vocês, o que acharam?
Beatriz Caetano