Contém Spoilers!
Esta semana Blindspot voltou a surpreender, apresentando-nos um episódio num estilo muito diferente do habitual. Em termos de enredo foi um episódio perfeitamente banal, sem grandes avanços na história principal, no entanto, neste episódio acompánhamos o caso todo do ponto de vista do Rich e de Patterson, dando-nos uma ideia melhor do que passam em todos os casos, quando a equipa se encontra no terreno em situações de grande tensão.
Patterson conhece um rapaz, Lincoln, e no dia seguinte descobre que ele faz parte de um programa de shadowing, que vão passar um dia a acompanhá-los. Toda esta dinâmica entre Patterson, Lincoln e Rich durante o episódio foi muito engraçada e até acho que ambos tinham química no ecrã. Um elemento que também contribuiu para tornar este episódio mais cómico que o costume foi a maneira como Rich fazia os briefings à equipa, de um modo super rápido, sem qualquer detalhe de como é que chegaram a essa conclusão, ou seja, de um modo oposto ao habitual de Patterson.
Se inicialmente a equipa preferiu e gostou deste modo, a meio do episódio percebemos a importância de lhes dar os detalhes todos, para às vezes conseguirem fazer conexões que não tinham sido capazes. O tema deste episódio foi o de um homem que inseriu uma bomba numa carruagem de metro e a equipa faz uma corrida contra o tempo para a desarmar. O ponto alto do episódio foi, sem dúvida, quando Patterson fez frente ao diretor do FBI para o forçar a tomar a decisão mais arriscada, tentar salvar todas as vidas, pondo em causa muito mais, ou jogar pelo seguro e condenar a vida de cem pessoas.
Como referido anteriormente, o episódio passa-se todo dentro dos escritórios do FBI e foi surpreendente o modo como as cenas de ação, que são apenas ouvidas pelas comunicações, continuam a ser interessantes e transmitem um sentido de urgência. Patterson, por mais do que uma vez, já revelou ter estofo para ser a personagem principal do episódio, desde a altura em que namorava com Borden.
Quanto ao pequeno avanço na narrativa principal, fico curioso com o percurso que Madeline está a seguir e o porquê de ter ajudado o FBI neste caso. Em relação a Jane, a maneira como ela justificou ter veneno na sua posse é de uma simplicidade genial, no aspeto em que era a única justificação plausível e que fazia sentido. No entanto, não aparenta ter sido suficiente, uma vez que no final do episódio apercebemo-nos que Weller começa a ter as suas dúvidas quanto ao comportamento de Jane. Curiosamente, foi no primeiro episódio desta temporada, em que esta teve um comportamento mais parecido com a Jane que conhecemos e adoramos.
O que acharam?
Raul Araújo