[Contém spoilers]
What a beautiful day!
E vamos para sete anos de Arrow, um bom marco e uma longa vida para uma das séries pioneiras desta era de super-heróis. Ainda não são as dez temporadas de Smallville, mas para lá caminha. Tinham saudades ou muitas saudades?
Na última temporada, a série teve um início conturbado, mas conseguiu terminar em alta e com mais do que razões para justificar a sua continuação. Se bem se lembram, o confronto com Ricardo Diaz terminou com este em fuga, Oliver Queen na prisão depois de ser desmascarado e com o fim do vigilantismo em Star City. Passados cinco meses nada está resolvido e tudo tende a piorar, perguntando-se Oliver se o seu sacrifício valeu a pena.
Os momentos com Oliver Queen na prisão foram o holofote deste season première e trouxeram-nos uma faceta diferente da personagem. De certa forma fez lembrar o Oliver da 3.ª temporada, quando pareceu deixar-se guiar por Ra’s Al Ghul, embora neste caso deixe que tudo passe por ele de maneira a não arranjar problemas para si e poder voltar para a sua família. Oliver começa assim a perder o seu heroísmo em prol dos valores de homem familiar. Quando este deixa Stanley ser espancado é quando atinge o seu ponto mais baixo e se o espelho dele falasse certamente diria “You’ve failed this city!”. Os regressos de Turner, Sampson e Brick foram boas ideias de vilões de nível B que encaixaram bem como pontos de pressão nesta nova situação de Oliver.
Depois do seu papel de Judas na temporada passada, parece que Rene será um elemento chave no retorno dos heróis à cidade. Todos os outros elementos parecem ter encontrado uma forma de combater o crime estando esta integrada na sociedade e sendo legal: Dinah na polícia e Diggle e Curtis na ARGUS. No entanto, só estes meios não estão a funcionar e a criminalidade sobe, assim como o medo das pessoas e a esperança vai minguando.
E guardando o mais estonteante para o fim, o que dizer do cliffhanger? Certamente aconteceu algo com Thea para Roy se refugiar em Lian Yu. Só espero que possamos acompanhar as aventuras deles no presente. Outro desejo que tenho é o de ver o William criança para trás e que fiquemos com esta nova versão que, para além de muito mais interessante, traz também um melhoramento nas capacidades de representação. O mais expectável é que seja ele o novo Green Arrow do presente, depois de ter passado por um treino intensivo com Roy Harper. Mas será mesmo assim? E como terá ele viajado para o passado? Ajuda das Legends? Outra dúvida que fica a pairar no ar é: provando-se correta a hipótese de ser ele o novo Green Arrow, qual a razão de o ter feito viajar no tempo? Impedir a queda de Oliver Queen?
Aliado a um argumento impressionante, as cenas de ação estiveram impecáveis. Quem é que não se empolgou com Oliver a libertar a sua raiva no final? E o tema Madness, por Ruelle (os fãs de Shadowhunters devem estar familiarizados com o nome), foi um complemento perfeito à exposição da vida de Oliver na prisão. Outro ponto importante é que o novo caderno com nomes a ser riscado traz uma nostalgia da 1.ª temporada cujo entusiasmo é impossível de conter.
A primeira flecha foi um bullseye e o título do próximo episódio também promete trazer muita ação, uma vez que teremos a estreia dos The Longbow Hunters. Até lá, salvem as vossas cidades!
Já agora, embora ainda falte estrear Legends of Tomorrow, qual o regresso do Arrowverse que mais gostaram até ao momento?
Emanuel Candeias