Vanity Fair – 01×01 – Miss Sharp in the Presence of the Enemy
| 07 Set, 2018

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Baseada no clássico literário de William Makepeace Thackeray, Vanity Fair é a mais recente série histórica britânica da ITV, mas, ao contrário de adaptações históricas anteriores, que de certa forma romantizam o passado, esta é propositadamente ridícula.

A personagem principal, Becky, é uma jovem órfã que foi acolhida em criança por um grupo de senhoras da classe alta e, desde aí, reside num palácio luxuoso apesar de os seus pais não terem sido ricos. No entanto, Becky sente-se revoltada porque não é paga o suficiente para ensinar os mais novos. Uma das senhoras responsáveis pela casa farta-se do seu comportamento inapropriado e decide enviá-la para Hampshire, para viver e trabalhar com uns governadores seus conhecidos. Acaba por ser salva por Amelia, uma das suas melhores amigas na casa, que propõe levar Becky consigo para a sua casa, em Londres.

Em Londres, Becky conhece os pais de Amelia, que são snobes aristocráticos e desconfiam logo das intenções de Becky na casa. Conhece também o namorado de Amelia, George, e o seu irmão Jos. Amelia conta a Becky que Jos é solteiro por ter medo de falar com raparigas. Becky apercebe-se que se conseguisse casar com Jos teria a oportunidade perfeita para ascender a um alto nível da sociedade e não teria que ir trabalhar com governadores. O plano acaba por não resultar; toda a família de Amelia, incluindo até um dos seus criados, se vira contra Becky ao descobrirem as suas verdadeiras intenções. Jos envia uma carta a comunicar que vai sair de Londres.

Becky é então obrigada a sair de casa da Amelia e não tem alternativa a não ser ir para Hampshire trabalhar para casa dos governadores. Aqui a história volta a ter um twist e esta casa acaba por ser um castelo, aparentemente abandonado, com todo o cenário de filme de terror. Todas as superfícies rangem e o governador faz comentários creepy.

Penso que a intenção do episódio é ridicularizar a sociedade da altura, os seus costumes e as estratégias usadas para manter aparências e ascender socialmente. Peca, no entanto, por ser ridículo demais e combinar elementos novela, o que me fez ansiar pelo fim do episódio em vez de apreciar o conteúdo como crítica social. Já o fim do episódio ainda me deixou mais confusa porque parece que o estilo da série vai alterar-se radicalmente. No geral, uma boa crítica à sociedade da altura, mas com uma má execução.

Ana Oliveira

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