A minissérie Maniac estreou no passado dia 21 na plataforma de streaming Netflix. Há já algum tempo que ansiava por esta série e não desiludiu de todo.
Owen é o quinto filho de uma família nova-iorquina dona de grandes indústrias e muito abastada. Os quatro irmãos de Owen seguem o protótipo de filhos perfeitos, bem casados, com filhos, e a trabalhar na empresa da família. Jed é a exceção e que atravessa um momento em que se prepara para responder em tribunal por má conduta sexual, enquanto Owen irá servir de testemunha para poder livrar o irmão, mesmo que mentindo. Já o nosso protagonista prefere viver uma vida só sua, desenvencilhando-se sozinho. Paga bastante dinheiro por um pequeno apartamento e não consegue vingar em nenhum emprego certo, mas, ainda assim, recusa a ajuda do pai quando este lhe oferece dinheiro e um emprego na empresa.
A Owen foi-lhe diagnosticada esquizofrenia. Sem tomar a medicação, muitas vezes confunde a realidade com a ficção. Delirante, frequentemente recebe “visitas” de um homem igual ao seu irmão Jed que o faz acreditar que ele é uma peça importante numa missão ultrassecreta. Sempre que acontecimentos desta natureza acontecem em séries deixam-nos sempre a pensar e aqui é caso para isso: as pessoas com quem vemos Owen a falar são reais ou não?
Com a vida profissional a falhar e a crescente necessidade de pagar as contas, Owen decide inscrever-se num misterioso teste experimental de uma farmacêutica. Acreditando que com a sua entrada no teste conseguirá salvar o mundo, Owen aceita de imediato participar nesse experimento e, mentindo à família sobre a sua decisão, diz que encontrou um novo emprego.
Enquanto aguarda na sala de espera, Owen recebe mais uma vez a “visita” do suposto irmão, que aperta com ele para que faça o contacto com uma rapariga que também se encontra a atravessar um mau momento na sua vida e participa também no mesmo teste experimental. Sempre que Owen a aborda, esta afasta-o dizendo que ele é estranho e para a deixar em paz, mas, como julga ter uma missão a cumprir, Owen não desiste e voltar a falar com a rapariga. Quando pensamos que tudo não passa de alucinações, Annie, a rapariga, diz-lhe para que se cale de modo a não comprometer a missão e fazer a sua vida normal dentro da experiência e aguardar por indicações dela. Estará Owen de facto a alucinar e a levar-nos com ele? Ou está certo e é uma parte importante numa missão ultrassecreta?
Não posso deixar de destacar a fabulosa interpretação de Jonah Hill. Não é a primeira vez que nos surpreende num papel mais sério, mas bolas, temos que admitir que aqui nos prende completamente ao seu personagem.
Ana Galego Santos