Para quem viu os filmes Jumper, o início de Impulse não é desconhecido e nada estranho. Pessoas a lutar enquanto “saltam” de sítio para sítio até que um deles fica preso num sítio remoto sem forma de sair dali. Soa familiar, não? Mas depois o cenário muda completamente.
É-nos apresentada uma família, um casal recém formado onde cada um tem uma filha, ambas de idades próximas. E aparentemente não poderiam ser mais diferentes: uma perfeitamente inserida no seu tipo de sociedade pequena e focada nos bons costumes e no desporto escolar, tão ao estilo americano, e uma outsider, rebelde, que causa distúrbios naquela sociedade de aparente perfeição. Até aqui é mais uma história sem muito para contar e que já ouvimos em situações e contextos muito diferentes. Mas e quando esta nova personagem começa a ter episódios de convulsões em que cabelos ficam no ar e canetas mexem sozinhas? E se numa situação de maior stress isso implica de um momento para o outro aparecer no seu quarto com um pedaço do carro onde estava sentada instantes antes?
Começamos a reconhecer os sinais do que vai ser a história desta Henry e que ainda agora estamos a conhecer. As implicações destes novos “poderes”, a mistura entre a adolescente conturbada, com tendência para as situações mais estranhas e a capacidade – ainda desconhecida para ela – de se teletransportar, saltando de sítio para sítio tem todo o potencial para criar vários episódios interessantes e com uma história principal surpreendente.
Por agora, Impulse conseguiu um bom começo (o genérico é especialmente bom), com uma história cativante e um elenco bem escolhido e adaptado ao universo que já nos era conhecido.
Júlia Pinheiro