[Contém spoilers]
Os refugiados passam a revolucionários.
Não há dúvidas que The Gifted continua a puxar-nos semana a semana para saber o que vai acontecer aos mutantes mais famosos do momento. No entanto, há que admitir que o que começou por algo excelente nos primeiros episódios tem vindo a cair e a estabilizar-se numa zona apenas do “bom”. Uma quebra na originalidade e um ritmo mais lento podem ser algumas das razões para isso.
A missão esta semana foi invadir Baton Rouge, um edifício federal com informação essencial para o Mutant Underground perceber o que está a ser feito para virar os seus aliados contra si.
Eclipse, Reed e Andy ficaram responsáveis por esta função e a sua viagem proporcionou bons momentos de drama pai/filho entre os Strucker. Andy é só um adolescente frustrado que sofria constantemente de bullying e que agora se vê com poder para ripostar, mas a raiva que sente e a imensidão do seu poder são dois elementos cuja mistura não dará um bom resultado. Ainda bem que tem como pai Reed Strucker que, apesar de estar em território desconhecido, consegue mostrar verdadeira preocupação para com o filho, não só para ele não abusar dos poderes mas também ao interrogar-se se o uso das suas habilidades lhe provoca alguma dor ou desconforto. Desde que descobriu que era um mutante, rebentando com o balneário da escola, até agora, o seu controlo dos poderes tem melhorado consideravelmente e tem potencial para se tornar um dos elementos mais poderosos da resistência mutante. Quer Stephen Moyer quer Percy Hynes White vendem bem esta relação de pai e filho, sendo um dos pontos altos do episódio. Para além disso, ainda pudemos ver Eclipse a usar os seus poderes de outra maneira, tornando-os “invisíveis” aos olhos do polícia de maneira impressionante.
Kate Strucker voltou à sua forma irritante do início da série, sendo penoso suportar sempre a mesma atitude de mãe galinha e de alienada do que realmente se passa à volta dela. A sua opinião contrasta bem com a de Polaris, que começou a treinar os jovens mutantes no uso dos poderes para a ofensiva, mas é quase impossível não ficar do lado da líder mutante, uma vez que a alternativa é a extinção de todos os que estão sob a sua proteção.
Quanto ao outro membro da família Strucker, esta semana vimo-la iniciar uma nova amizade/romance que serviu apenas para encaixar o poder do seu novo amigo na história. Wes até pode vir a tornar-se uma personagem interessante, mas a sua aparição e relação com Lauren foi mais que forçada e desapontante. Valeu a pena apenas para ver o salvamento levado a cabo por Wes, Polaris e Lauren. Isso sim foi uma boa combinação de poderes!
Entretanto, o agente Turner regressa ao serviço com um sentido de vingança ainda mais apurado para com os mutantes, depois de o terem obrigado a reviver a perda da filha. A união do agente com o Dr. Campbell é algo que não promete nada de bom. Iremos ver em breve uma nova versão das Sentinelas?
A grande revelação da semana veio através da conversa entre Thunderbird e Dreamer. Até agora foi-nos revelado que neste universo existem tanto os X-Men, como a Brotherhood of Mutants, e até a Mutant Liberation Front. Esta semana ficámos também a saber que antes de desaparecerem, os X-Men foram uns dos responsáveis pela criação do Mutant Underground, que escolheram Thunderbird para integrar o grupo e lhes deixaram o aviso de que uma terrível guerra está para chegar. Terão os X-Men tido eles próprios um aviso do futuro e será que o seu desaparecimento se deve a uma viagem temporal? O pequeno flashback que nos mostra um pouco do passado de John Proudstar dá uma maior profundidade à personagem e percebemos melhor o seu espírito de revolta e de querer lutar a favor dos mutantes, mas não contra os humanos.
Será que Eclipse irá voltar aos hábitos do passado após ter recebido a chamada de Carmen? Que segredos esconderá o novo amigo de Lauren? E que anda Blink a fazer? Todas as respostas a estas perguntas e muito mais é o que nos espera no próximo episódio, eXtreme measures. Até lá, não temam o que não compreendem!
Emanuel Candeias