Grey’s Anatomy – 14×07 – Who Lives, Who Dies, Who Tells Your Story
| 13 Nov, 2017

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[Contém spoilers]

Who Lives, Who Dies, Who Tells Your Story representa um novo marco para Grey’s Anatomy, o seu 300.º episódio. Durante a semana que precedeu este episódio, as minhas expectativas em relação ao mesmo passaram por tantos altos e baixos que mais parecia que estavam a andar numa montanha russa (o que, tendo em conta os eventos do episódio, é algo engraçado). Antes sequer de entrar em detalhes sobre o episódio, quero deixar claro que Who Lives, Who Dies, Who Tells Your Story não me desiludiu.

Este 300.º episódio tentou (e, em grande parte, conseguiu) prestar homenagem às primeiras temporadas de Grey’s Anatomy. Desde recuperar a intro original da série, a levar-nos novamente ao local onde os nossos internos originais recuperavam o fôlego sempre que podiam e até mesmo trazer de volta Izzie, George e Cristina (bom… dentro dos possíveis), este episódio teve de tudo.

Meredith prepara-se para apanhar o avião para Boston (para a entrega dos prémios Harper Avery), quando a queda de um carro de uma montanha russa lhe dá uma razão para não ir. A partir do momento em que põe os olhos nos seus pacientes, Meredith não acredita no que vê: à sua frente estão os doppelgängers de George, Cristina e Izzie. Gregory Williams (“Baby George”) e Cleo Kim (“Baby Cristina”) estão presos no vagão que descarrilou; Liza Simmons (“Baby Izzie”), que está grávida, é amiga de ambos. Estas personagens não só se assemelham às originais na sua aparência, mas também na sua personalidade e profissão, o que leva a que as nossas personagens originais (Meredith, Karev, Miranda e Richard) relembrem os velhos tempos.

Como sabemos, apesar das boas memórias que temos destas personagens, há também aquelas que nos magoam e é exatamente isso que as nossas personagens sentem ao encontrarem-se com estes “fantasmas” do seu passado. Miranda fica particularmente afetada por este “Baby George” que, durante grande parte do episódio, pensa que vai morrer. Após colapsar na sala de espera, Liza descobre que o seu bebé está em perigo. Com os seus amigos indisponíveis, Liza depende de Alex para apoio. Já Meredith está encarregue de Cleo que, após se aperceber que Meredith é aquela Dr.ª Meredith Grey, e depois de Meredith lhe dizer que se assemelha à sua melhor amiga, pede à médica que a trate como se fosse Yang.

Na minha opinião, a ideia por detrás de Who Lives, Who Dies, Who Tells Your Story é brilhante. No entanto (e apesar de ter chorado durante grande parte do episódio, mais por nostalgia do que por outra razão qualquer), acho que Grey’s podia ter apostado ainda mais neste seu 300.º episódio, tanto na parte emotiva como na história em si. Mais uma vez, senti que a série abordou estes assuntos demasiado superficialmente, quando havia espaço para algo muito mais complexo que, por conseguinte, traria um melhor resultado.

Ainda assim, o episódio teve vários pontos altos que merecem ser mencionados:

  • As referências a personagens que já não estão entre nós, como Lexie, Derek ou Mark, durante todo o episódio;
  • Arizona mencionar a Sofia que tem saudades de Callie;
  • A aparição, no final do episódio, de Ellis Grey, após ser anunciado que Meredith ganhou o prémio Harper Avery;
  • O facto de Jo encorajar Alex a contactar Izzie e de este dizer que prefere manter a imagem que criou da sua vida;
  • A referência à bravura de George, que morreu como um herói, ao salvar a vida de outra pessoa;
  • O facto de o episódio acabar com Meredith e Alex nos túneis onde tudo começou, ao telefone com Cristina.

Não posso dar esta review por terminada sem mencionar o meu desagrado e falta de interesse pelos novos internos, ou a narrativa de DeLuca e Sam. Percebo que, de modo a dar continuidade à série, é necessário trazer novas personagens para a cena, mas ao mesmo tempo pergunto-me, “será que Grey’s deveria continuar?” Durante muito tempo acreditei que a série tinha de tudo para durar muitos mais anos, mas a chegada destas novas personagens fez-me repensar essa minha opinião.

Inês Salvado

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