Extinct – 01×01 – Pilot
| 04 Out, 2017

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[Contém spoilers]

A 2.ª oportunidade da Humanidade após a extinção.

Boa ficção científica não é fácil de obter. Primeiro, há a questão dos efeitos especiais, dos acessórios, maquilhagem e tudo o mais; e em segundo fica o risco de pisarmos uma ideia já feita e/ou passarmos por disco riscado ou a roçar o plágio.

A BYUtv, para quem não sabe, é uma rede de televisão pertencente à Universidade Brigham Young (EUA). Conseguem pensar nalguma série de sucesso feita por uma universidade? A resposta é sim, pois Extinct é a segunda série original a ser produzida pela BYUtv, depois do sucesso com Granite Flats (2013-2015). Ou seja, apesar do low budget e do acesso limitado a muitos dos recursos que outras estações têm, a verdade é que Extinct consegue ter o charme suficiente para despoletar uma curiosidade cautelosa e querermos ver o que vai acontecer de seguida no segundo episódio.

O produtor Adam Abel (Saints and Soldiers, 2003) interessou-se por este projeto que estava primeiramente destinado a ser um filme e decidiu fazer antes uma série televisiva. Juntando-se ao seu colega Ryan Little (Saints and Soldiers, 2003), que assumiu o papel de realizador, e ao argumentista Aaron Johnston (Ender’s Game, 2013), nasceu assim esta série de ficção científica.

Para os papéis principais dos três humanos reconstruídos e para o skin rider, Jax, foram escolhidos atores com pouca notoriedade, sendo que Victoria Atkin (Evie Frye em Assassin’s Creed: Syndicate) e Yorke Fryer, nos papéis de Feena e Abram, respetivamente, até se destacam mais pelos seus trabalhos em vozes para videojogos. Já Chad Michael Collins, no papel de Ezra, é mais conhecido pelo seu papel de personagem principal na saga de filmes Sniper; e Matthew Bellows, no papel de Jax, é conhecido pela participação em Grimm (2011-2017).

A história passa-se num futuro apocalíptico em que, após a invasão da Terra por uma espécie alien, a vida humana foi completamente erradicada. Quatrocentos anos após a extinção, uns drones misteriosos, usando umas faíscas mágicas (ou também pode ser a manipulação da Força através dos midclorianos – os fãs de Star Wars entenderão!) começam a trazer humanos de volta a vida. Vemos assim Ezra, Feena e Abram a voltarem à Terra, mas não como a conheciam (e nem sequer nas formas em que morreram, já que Abram morreu com 67 anos e volta no corpo de um jovem de 25). Não fosse tudo isto ser crítico o suficiente, surgem ainda umas outras personagens, os skin riders, que parecem dispostos a infetar os humanos e a transformá-los em seres iguais a eles.  O enredo que segue a história de Ezra no passado também é interessante e dá-nos uma visão do que aconteceu aquando da invasão dos aliens.

Dos pontos positivos do piloto podemos destacar a realização, não abusando dos efeitos especiais; conseguiram fazer um bom trabalho com o que têm e aproveitar bem as paisagens. Também os fatos e as armas dos skin riders estão atrativas, fazendo de algum modo lembrar Stargate. No enredo podemos encontrar elementos que lembrarão muitas outras obras, desde Riverworld (2003), com os humanos a renascerem na água ou até Artificial Intelligence: AI (2001), pelo facto de uma espécie superior trazer outra à vida passado vários anos. Como o pior realçam-se algumas cenas e alguma escrita que podiam estar mais limadas, desde alguns diálogos entre os humanos e a cena de ação final entre Ezra e Jax. E, no geral, a interpretação dos atores está num nível um pouco baixo, mas que se espera que melhore ao longo da temporada.

Onde estão os aliens que eliminaram os humanos? O que querem os drones? O que querem os skin riders? Será que Silas pode ser curado? E o que aconteceu a todos os humanos da colónia? Se estas dúvidas te ficaram a remoer a cabeça então a boa notícia é que já podes ver não só o segundo episódio como todos os outros até ao oitavo. A temporada está prevista ter 10 episódios e terminará a de 19 de novembro num especial finale de 2 horas.

Emanuel Candeias

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