American Ripper – 01×01 – Devil in the Details
| 18 Set, 2017

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Jeff Mudgett é um familiar distante do notório assassino americano H.H. Holmes e após se reformar da advocacia ganhou uma obsessão, provar que o seu antepassado foi responsável por mais cinco homicídios cometidos noutro continente, mais concretamente em Inglaterra, onde seria conhecido por Jack, o Estripador.

Jeff conta que sempre viveu fascinado pela história desde que descobriu que fazia parte da família de Holmes, sobre o que levaria um homem a tornar-se um monstro e a fazer o que ele fez. No entanto, como ele próprio refere, não é um investigador nato e portanto precisa de ajuda e é assim que conhece uma antiga agente da CIA, Amaryllis Fox, que o ajuda a seguir esta teoria que de Jack, O Estripador e H.H Holmes são um e o mesmo.

O primeiro passo seguido por esta dupla, e o principal foco neste episódio, é regressar à infância. Assim, viajam até uma pequena cidade de New England e entram na mesma casa onde Holmes cresceu. Aí ouvem testemunhos de histórias contadas sobre o que pode ter sido o primeiro assassinato de Holmes, a sua prima que morreu sob condições suspeitas perto dele ou sobre os animais que este maltratava. Se se trata de realidade ou de histórias exageradas pelos feitos que este mais tarde fez ninguém sabe.

O próximo passo é criar uma timeline, para identificar onde ele esteve durante o período ativo de Jack. Assim percorremos o tempo desde que ele foi um professor inexperiente, até ter trabalhado numa farmácia, da qual os donos desaparecem misteriosamente, acabando por se tornar a fonte de rendimento que virá dar origem ao hotel conhecido como “Murder Castle”.

A descoberta mais surpreendente foi que não existe notícias desde meados de 1888 até abril de 1889 sobre Holmes, período que coincide com os cinco homicídios de Jack, deixando pelo menos por agora a possibilidade em aberto.

Esta teoria explicaria duas coisas um pouco estranhas, a primeira é que a razão de Jack ter morto apenas cinco mulheres e depois de repente ter desaparecido para sempre, e a segunda é um pormenor na confissão escrita por Holmes, em que ele confessa ter morto 27 pessoas, só que, após investigarem, cinco dessas pessoas ainda estavam vivas. Ora, se ele tivesse morto as cinco vítimas de Jack isso explicaria o porquê de adicionar cinco nomes à lista.

Trata-se de um documentário dividido em 7 episódios muito, muito interessante mesmo! Quando a realidade supera a ficção não é preciso acrescentar nada a uma história que só por si já tem um tremendo interesse para os que são aficionados de true crime ou dos grandes serial killers que existiram. Recomendo para toda a gente e deixou-me com vontade de um dia ver uma série que recrie a vida e os assassínios de Holmes!

Apesar de ter dado o veredicto final, a coisa não acaba por aqui, porque a equipa do Séries da Tv foi convidada pelo canal História a participar num escape room temático à estreia deste documentário em Portugal (que ocorreu domingo, dia 17). Na rua dos Douradores, n.º 13, um edifício foi decorado e preparado para se tornar o hotel de Holmes, desafiando quem for corajoso o suficiente a entrar num dos seus quartos e a tentar sair resolvendo diversos enigmas para o conseguir. Claro que o staff do hotel e o próprio Holmes não esperam que consigamos, ficando para sermos a próxima vítima dele. A caracterização do hotel e do staff que nos recebe está excelente, desde o senhor que está na receção a fazer o check-in (sem perspetivas de check-out), até às camareiras que nos vêm acompanhar ao nosso quarto, acrescentando a isto os objetos também eles antigos, desde jornais com a data de 1893. Infelizmente não pudemos ver Holmes, por se encontrar na feira de Chicago. Foi uma experiência tremenda e muito divertida, pela qual quero agradecer ao canal História por ter tornado isso possível!

Se quiserem experimentar, têm informações sobre o escape room na página do canal História.

Raul Araújo

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