Uma das melhores antologias do mundo das séries está de volta com uma nova história de terror, American Horror Story: Cult, preparando-se para nos assustar novamente ou, pelo menos, assim esperamos. Ryan Murphy presenteia-nos então com a sétima temporada da série, intitulada Cult, prometendo assustar-nos com fobias, cultos e… Donald Trump.
Este primeiro episódio começa no dia em que Donald Trump é eleito presidente dos Estados Unidos da América para desagrado de boa parte dos americanos. Se muitas pessoas, principalmente os imigrantes e a comunidade LGTB já viviam com medo, então depois desta vitória começaram a ficar aterrorizados. E este é o caso de Ally Maiyfair-Richards (Sarah Paulson), da sua mulher Ivy Mayfair-Richards (Alison Pill) e do seu filho Ozzie, que sentem o seu casamento e filho ameaçado por serem lésbicas.
Ally nunca teve uma vida fácil, porque além de ser homossexual e ter sempre lutado pelos seus direitos, sempre teve várias fobias que a deixavam sempre em grande estado de ansiedade. Ela até andava bem até que Trump foi eleito e todas as suas fobias “acordaram”, deixando-a num estado lastimável. Ela tem tripofobia (medo de pequenos buracos com um padrão, como por exemplo, corais), coulrofobia (medo de palhaços), claustrofobia (medo de espaços pequenos e apertados) e ainda medo do escuro. Ela começa então a ter visões de palhaços a persegui-la (serão mesmo visões?) causando-lhe vários ataques de ansiedade.
Nestes ataques temos que dar os parabéns à atriz Sarah Paulson! Ela representa de uma maneira tão real e tão forte que fez com que eu (mesmo não tendo nenhuma das fobias acima) sentisse medo, arrepios e pena dela. Muita pena mesmo! Ela chegou a um ponto em que as suas visões e fobias ameaçam o seu casamento e a relação com o filho. Pior ainda quando ela se recusa a tomar a medicação que o psiquiatra lhe receitou!
Além de seguirmos a vida de Ally e Ivy, conhecemos também os estranhos irmãos Kai (Evan Peters) e Winter (Billie Lourd) Anderson. Eles sim parecem fazer parte de um “culto”, mas ainda não conseguimos entender bem do quê e porquê. Kai parece ser contra tudo o que seja diferente e é apoiante de Trump. Ele tenta impedir que um bairro judeu tenha mais segurança, mete-se com um grupo de mexicanos e ainda tem algumas ações hostis contra Ally e Ivy. Já a sua irmã começa a fazer babysitter a Ozzie, mas não corre nada bem, uma vez que ela começa a mostrar à pobre criança vídeos de pessoas a serem assassinadas na deep web.
Para concluir, este episódio deixou-me intrigada, curiosa e ansiosa por mais. A realização está fantástica e tenho que dar pontos positivos à cena do supermercado, onde Ally começa a ter visões dos palhaços. Neste episódio ainda vamos poder recordar o palhaço Twisty da 4.ª temporada! Lembram-se dele? Só digo que este episódio surpreendeu-me imenso e espero que a temporada mantenha a mesma (ou melhor) qualidade deste episódio, não sendo como as outras, onde o primeiro episódio até surpreendia e depois a qualidade caía a pique. Será que esta temporada será diferente? Espero bem que sim!
Cristiana Silva