Clone Club, estamos de volta e com boas notícias! A três episódios do final, a história das nossas adoradas sestras caminha para um desfecho surpreendente e com revelações de última hora magníficas e que nos deixam de coração cheio.

Quem brilha em Gag or Throttle é Rachel. O heterónimo mais ruim de Tatiana Maslany revela-se uma caixinha de surpresas, assim que começa a desconfiar das intenções de P.T. Westmoreland. Agora que Susan está fora da equação, Virginia Coady assume as rédeas do tratamento de Kira. Mas Rachel é surpreendida após Westmoreland ter acordado que esta não seria mais cobaia de tratamentos. Com esta revelação, Rachel começa a confiar nos seus instintos e descobre umas verdades chocantes sobre o seu mentor.

Fora dos processos científicos, temos o regresso de Alison que… bem… é muito diferente do que se espera. Alison regressa com uma nova personalidade ou, pelo menos, é o que tenta aparentar ao seu marido Donnie. Pintou o cabelo (e cortou-o também), adquiriu um look muito mais moderno e passou a sua viagem temporária na Califórnia a aprender os ensinamentos de Carl Jung, numa espécie de culto que venera o homem. E não nos podemos esquecer que esta nova deixa radical de Alison a levou a tatuar o corpo (!!), algo que para Donnie parece não estar a bater certo.

Sarah e S procuram desesperadamente uma forma de libertar Kira das mãos da Dyad assim que Westmoreland decide que a pequena Eve (quando virem o episódio vão perceber) tem de continuar os seus tratamentos na ilha. Helena também parece não estar segura, assim que dois velhos conhecidos aparecem surpreendentemente. No entanto, este episódio é all about Rachel.

Depois de inúmeros anos a ser submetida às experiências científicas dolorosas da Dyad, a jovem empresária torna-se vítima das suas próprias ambições. Ao sentir-se em dívida com Westmoreland por toda a falsa sensação de paternidade, o comportamento de Rachel foi mudando com o passar dos anos. Assim que descobre que o seu “pai” ainda está a controlá-la e a submetê-la a procedimentos científicos, a jovem decide que já chega. É aqui que o ponto de viragem de Rachel leva Maslany mais uma vez a superar as dificuldades do seu talento.

A atriz é magnífica e a história finalmente começa a receber a conclusão que merece. Espera-se com grande expectativa os episódios finais. Apesar desta temporada ter ficado aquém do esperado até agora, não deixa de brilhar através da sua musa, que nos encanta precisamente por conseguir conjugar elementos diferentes em personagens únicas e maravilhosas.

Outro momento particularmente adorável no episódio é Cosima e Charlotte regressarem a casa sãs e salvas e de conseguirem encontrar um motivo que leve as nossas sestras a desmascararem Westmoreland e toda a influência que este possui sobre as suas vidas. Ainda que existam algumas questões importantes a responder, Gag or Throttle volta a trazer Orphan Black às suas origens: repleta de suspense, twists e drama extraordinário.

Jorge Lestre