Atenção: esta review contém SPOILERS!
Pois é, pessoal! Após o seu hiatos de cerca de dez meses (que nos deixou um pouco apreensivos em relação ao futuro desta série), The Originals regressa para uma quarta temporada com Gather Up The Killers, episódio que parece definir claramente aquilo que podemos esperar desta temporada.
Cinco anos após a derrota de Klaus e, por conseguinte, da família Mikaelson, Marcel é-nos novamente apresentado como rei de Nova Orleães, tendo a seu lado Vincent, que controla os covens de bruxas da cidade. Durante este período de tempo, as vidas de Elijah, Kol, Rebekah e Freya (que se encontram num espaço-tempo idealizado pela bruxa) mantiveram-se ligadas à de Klaus, que sofre enquanto prisioneiro de Marcel.
Tendo em conta este primeiro episódio, parece que Marcel e Vincent irão finalmente sair das sidelines para as quais foram empurrados durante grande parte desta série. Ambas as personagens são de grande importância para este primeiro episódio: a dupla parece ter sucedido em restabelecer a paz em Nova Orleães, sendo mencionada uma aliança entre as bruxas e os vampiros nativos desta cidade do Louisiana. Mas, como já se sabe, a paz é sol de pouca dura em The Originals e não tarda até que problemas comecem a aparecer.
Através da sua informadora, Sofya (Taylor Cole), Marcel descobre que antigos inimigos de Klaus estão a chegar à cidade – após perceberem que Elijah ainda se encontra vivo – com o intuito de erradicar por completo a linhagem Mikaelson e espalhar o caos; como se isso não fosse mau o suficiente, Sofya diz-lhe ainda que as bruxas estão a preparar algo, sendo estes temas recorrentes nesta série.
Marcel alia-se brevemente a Klaus de modo a solidificar o seu status perante estas novas ameaças, nomeadamente Alistar, um vampiro da sireline de Klaus que procura vingar a sua mulher e filho, os quais matara devido à compulsão do vampiro original. Esta aliança não é, de todo, voluntária: Klaus não tem qualquer interesse em ajudar Marcel até que este menciona Hope (Summer Fontana) e Rebekah, que serão mortas caso alguém as encontre. Assim, com a ajuda de Vincent, Marcel formula um plano para travar Alistar e enviar uma clara mensagem a todos aqueles que questionam a sua autoridade: o vampiro oferece a Alistar a oportunidade de matar Klaus, mas a situação não corre como este último espera e Klaus acaba por vencer, sendo depois “derrotado” por Marcel, que ganha o respeito de todos.
Simultaneamente, sigilos começam a aparecer por toda a cidade, indicando uma possível revolta das bruxas. Ao ser confrontado por Marcel, Vincent afirma não estar envolvido e compromete-se a vigiar os covens, a pedido do vampiro, e a manter as bruxas fora do Cauldron. Este episódio indica ainda um possível love interest para Vincent: Maxine (Karan Kendrick) é uma bruxa e mãe solteira de Adam (Alkoya Brunson), a qual Vincent convida a jantar após ser persuadido por Josh. Apesar do tema não ser profundamente abordado neste primeiro episódio, irá ser claramente o grande foco desta temporada, sendo que, no final do episódio, Adam desaparece ao deparar-se com um sigilo e aprendemos que Hope tem desenhado vários destes símbolos.
Longe de Nova Orleães, Hayley tem criado Hope sozinha, contando, por vezes, com a ajuda de Mary Dumas. Hope já não é a bebé que deixámos na temporada anterior, mas sim uma jovem rapariga com grandes habilidades que Hayley não compreende, sendo esta uma das suas motivações para trazer de volta a família de Originais. Após deixar Hope com Mary, Hayley parte com Elijah, Freya, Kol e Rebekah (cada um no seu respetivo caixão) em busca da última peça que precisa para trazer de volta a sua família: Keelin (Christina Moses), o último membro da alcateia Malraux. Hayley não tarda a perceber que não é a única atrás de Keelin, sendo rapidamente encontrada por vampiros que a usaram para encontrar a híbrida. Ainda assim, ambas conseguem evitar o perigo durante tempo suficiente para Hayley conseguir trazer de volta Freya que, ultimamente, cura Elijah e acorda todos os seus irmãos (ainda que Rebekah e Kol não apareçam neste episódio).
Em suma, esta season première serviu para nos contextualizar em relação ao que aconteceu durante os cinco anos que se passam off-screen e para nos dar uma breve introdução ao que será o resto da temporada. O episódio não é de todo desapontante, sendo que não tem grandes momentos mortos, mas temo que The Originals continue a repetir a sua tendência de resolver demasiado rápido os conflitos apresentados no final da temporada anterior, o que pode levar a que certas narrativas pareçam apressadas. Um aspeto positivo, na minha opinião, é o facto de a série não nos deixar esquecer as personagens que perdemos na terceira temporada, sendo que Cami e Davina são brevemente mencionadas. De qualquer modo, iremos aguardar o decorrer dos próximos episódios que, pelo que nos é mostrado nas promos, prometem alguma ação.
Inês Salvado