“Can’t touch this (oh-oh oh oh-oh-oh)
Break it down
(Oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh oh-oh)
(Oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh oh-oh)
Stop! Yorkin time”
Continuando na onda dos fillers, esta semana The Flash trouxe de volta alguns dos problemas originados com o Flashpoint, enquanto a dinâmica entre Flash e Kid Flash continua a ser explorada não só como equipa, mas também como mestre e estudante.
Apesar de ter sido um vilão com uma forte presença e poderes impressionantes, e servindo para mover diferentes plots, mesmo assim fica a sensação de que muito mais podia ter sido aproveitado de Clive Yorkin.
Clive Yorkin foi criado por Cary Bates e Irv Novick, aparecendo inicialmente em The Flash #270 (1979). Apesar de ter feito poucas aparições desde a sua criação, o mais interessante nesta personagem, para além dos seus poderes, foi o facto de ao ser preso terem tentado curá-lo das suas tendências criminosas ao mexer com o seu cérebro, mas acabando por o enlouquecer. Yorkin foge assim da prisão e após ser encontrado junto do corpo de Iris é acusado do seu assassinato (quando na verdade o assassino foi o Reverse-Flash). Ainda bem que nesta versão Iris conseguiu sobreviver.
Lembram-se das “cascas” que andavam por Central City devido a Alchemy andar a devolver os poderes a indivíduos que os tinham durante o Flashpoint? Bem, eu também já não me lembrava, mas a verdade é que ainda andam por aí uns meta-humanos desaparecidos. Yorkin é um deles e vem pôr um enorme peso de consciência a Julian, que redobra os esforços para derrotar rapidamente este meta-humano. O vilão teve também o papel de mais uma vez pôr a vida de Iris em risco (quando o objetivo principal agora é impedir que ela sobreviva a Savitar, acho que o mais difícil ainda vai ser mantê-la viva até lá!) E ainda serviu o propósito de ajudar Kid Flash a crescer e acrescentar uns poderes ao seu arsenal.
Quebracho!!! (Google it) num mundo sem adamantium ou inerton é o que se arranja. Ehehe.
O momento inicial do episódio é daqueles simples e leves, mas que nos prende completamente ao ecrã. Numa série de velocistas, o que é que pode ser melhor do que uma corrida amigável entre Flash e Kid Flash? Aceitam-se apostas. Se Wally vai superar Barry tem não só que ser mais rápido, mas também que conseguir usar as “armas” da Speed Force tão bem ou melhor que Barry. Um dos obstáculos com que se depara neste episódio é exatamente o de não conseguir atravessar barreiras físicas. Barry também se apercebe que ser mentor não é tão fácil como parece, e se antes foi graças aos conselhos de Reverse Flash, Jay, Zolomon e Wells que ele conseguiu usar o seu potencial, é a vez dele de dar o empurrão a Wally.
Run, Wally, run
A ação esteve bastante boa com excelentes momentos como as balas de Joe a desfazerem-se ao entrarem em contacto com Yorkin, a cena de Barry e o comboio e a luta final de Wally e Yorkin.
No meio disto tudo, concretizou-se a informação futurista de que o restaurante Luigi iria fechar para mais tarde abrir sob outro nome. A cada episódio o tempo para mudar o futuro vai sendo encurtado.
E quanto ao nascimento da relação entre Julian e Caitlin, que têm a dizer? Tem futuro? Conseguindo perceber bem a culpa que cada um deles sente por, sem intenção, terem magoado pessoas no passado, existe uma forte conexão entre os dois e, como vimos, Julian conseguiu ajudar Caitlin a controlar o aparecimento de Killer Frost enquanto esta ajudava Iris a não ser consumida pelos poderes de Yorkin. No entanto, não os consigo bem imaginar juntos. Julian continua a parecer uma personagem demasiado passageira e o seu nível de arrogância também é demasiado elevado.
Por fim, os fãs da série original de The Flash (1990) puderam recordar neste episódio o papel de Alex Désert como Julio Mendez.
Para quem quiser rever os episódios da 2.ª temporada, a RTP1 começou o fim-de-semana passado a transmitir essa temporada, por isso aproveitem. Aconselha-se também a verem o novo filme da Warner Bros. Animation/DC Entertainment, Justice League Dark (2017) conta com a participação de Matt Ryan no seu papel de Constantine e está muito bom. E já agora, vejam também o promo do filme The LEGO Batman Movie (2017) com a aparição dos heróis da CW do Arrowverse.
O próximo episódio promete bastante, tendo não só Gorilla Grood de volta, mas também Jesse Quick e uma viagem à Terra-2. Esta será uma das previsões do futuro de Barry em que não há muita volta a dar. Infelizmente, “Attack on Gorilla City” irá para o ar apenas a 21 de fevereiro, deixando-nos a próxima semana sem o nosso speedster preferido. Até lá, boas corridas!
Emanuel Candeias