The Flash – 03×11 – Dead or Alive
| 02 Fev, 2017

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Show up. Be ready.

“Dead or Alive”, que podia também ter sido chamado “The Batlle Across the Multiverse”, mudou o foco da história de Barry para Cisco e para os irmãos West, num episódio bem estruturado e bastante divertido que ficou apenas manchado por uma delusória revelação de quem é HR.

 Este episódio fica ainda marcado por ser o último do argumentista Zack Stentz, que infelizmente irá abandonar The Flash. Para além deste episódio, ele também contribui para “The Runaway Dinosaur” e escreveu “Monster”.

Go Kid Flash!

O aumento da popularidade de Wally como super-herói é acompanhado pela eficácia com que ele e Barry trabalham em conjunto para derrotar os criminosos e salvar o dia. Esta semana tivemos oficialmente o primeiro team-up dos dois heróis.

 “The harder you work to take down the bad guys, the more they up their game”

O caso dos novos dealers de armas permitiu a Iris ter um papel mais ativo, teve também direito a um team-up com o seu irmão e este plot veio ajudar a preencher uma das lacunas de onde tinha vindo a arma do Plunder no episódio passado. Quanto à Electric Gang, esta é uma equipa de vilões pouco conhecida da DC, que teve a sua primeira aparição nas páginas de The Flash nº 242, publicada em 1976. Foi bom ver os irmãos West em ação como tínhamos tido um vislumbre na timeline do Flashpoint e espero que tenhamos mais momentos destes, onde podemos ver Iris a tentar ser uma jornalista ousada ao género de Lois Lane. No entanto, a sua atitude meio kamikaze por achar que o seu futuro já está lacrado demonstra que não está a lidar tão bem com o assunto como diz estar. Joe começa já a desconfiar que algo se passa, mas a verdade continua a ser escondida dele (ninguém aprende nesta série).

Julian, apesar dos seus problemas sociais, que acabam por ser engraçados, demonstrou que existe espaço na Team Flash para ele dar o seu contributo. A sua mente aguçada é uma mais-valia em termos de melhoramento de estratégia e dá também um ponto de vista novo aos problemas. Os esquemas usados na série ajudam sempre a pôr as coisas em perspetiva e a clarificar as situações (neste caso tivemos a original maquete de legos do futuro em que o Flash era um astronauta, Ehehe) que se pretende evitar e o gráfico de Julian que nos permitiu ver a evolução do crescimento da velocidade máxima atingida por Barry desde o início da serie. Associando todos os dados: a velocidade que Barry tem que atingir para salvar Iris de Savitar, a evolução de Wally e o facto de o futuro já ter sido mudado com ele a capturar Plunder, a conclusão a que se chega é: terá que ser Kid Flash a salvar Iris. Mas será que acreditamos que será mesmo assim? Irá Wally conseguir ficar mais rápido do que Barry em quatro meses? E mesmo que atinja a velocidade necessária, terá a experiência e a cabeça fria para o conseguir? Mais importante ainda, queremos nós, público, que Wally vire o homem mais rápido?

Barry assume neste episódio um papel mais de apoio, o que é algo bastante positivo, pois mostra que o resto das personagens são fortes o suficiente para nos entreterem durante um episódio inteiro.

Cisco, The Negotiator.

Com tudo de bom que o episódio trouxe, o grande MVP da noite mesmo assim foi Francisco Ramone. Desde o ter-se chegado à frente para salvar HR ao citar Arwen de O Senhor dos Anéis: “You want him, you’re going to have to come and claim him.”, à sua contínua atração por bad girls, o vestir pela primeira vez o fato completo de Vibe e concluindo com a excelente batalha com Gypsy através do multiverso… só este enredo teria bastado para termos um bom episódio. Há que dizer também que Jessica Camacho deu vida a uma extraordinária Gypsy que apenas com uma aparição já deixa saudades e o desejo de a voltarmos a ver. Com os poderes iguais aos de Vibe, mas sabendo usá-los quase na totalidade (fez lembrar Reverb, o doppleganger de Cisco da T-2, mas ainda melhor), Gypsy é a maior collector da Terra-19, responsável por caçar criminosos como HR (que quebrou uma das mais graves leis da sua Terra ao viajar interdimensionalmente).

Nos comics, Gypsy foi criada por Gerry Conway e Chuck Patton e apareceu pela primeira vez na Justice League of America Annual #2 (1984). Os seus poderes são muito mais vastos que apenas os de “vibrar” e tendo, entre outros, poderes de ilusão e sendo capaz de se tornar invisível. Nas bandas desenhadas, Gypsy aka Cynthia Reynolds teve um envolvimento amoroso com Cisco, pelo que pode ser que venhamos a ver uma relação entre os dois também na série (aquele “beijo” quebrado deixou uma esperança da porta aberta no futuro).

O ponto mais alto do episódio foi a “luta até à morte” entre Gypsy e Vibe, onde a realização esteve brilhante e, fora do comum, não foi uma luta envolvendo nenhum speedster. Como no filme Thor: The Dark World (2013) fomos arrastados por diferentes sítios ao longo do conflito: vendo a já conhecida Terra-2; passando por National City na Terra-38, lar dos super: Supergirl e Superman; e por um sítio com gigantes semelhanças a outro sítio conhecido dos fãs de Star Wars (Mustafar em Revenge of The Sith), tendo faltado a citação: “Give it up, I have the higher ground!”

O meu desgosto neste episódio centrou-se em HR. Entre todos os Wells este é, sem dúvida, o menos preferido para mim. Apesar de tudo, a relação entre ele e Cisco foi um bom momento dramático, principalmente na conversa final em que Cisco recorda e cita os Wells antigos e, tal como na situação com a Laurel da T-2 em Arrow, também aqui Cisco apesar de saber que HR não é o mesmo que nenhum dos outros Wells que ele conheceu, tem uma sensação que lhe deve alguma coisa na mesma. Mas no final fica a dúvida da relevância deste HR e se realmente trará algum twist. Não preenchendo ele o propósito para o qual foi chamado, será que o veremos na próxima temporada? Ou espera-nos uma morte mais para o fim da temporada?

No próximo episódio, “Untouchable”, teremos um meta-humano com os poderes de decomposição acelerada. Após o midseason première que estabeleceu os principais plots para a temporada, parece que teremos alguns episódios fillers, mas que se mantiverem pelo menos a qualidade do desta semana serão certamente agradáveis de assistir. Até lá, boas corridas!

Emanuel Candeias

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