As reviravoltas continuam em alta assim que Carrie consegue libertar Sekou da prisão. A visita de Saul ao Irão não corre como o esperado e Quinn decide investigar o estranho vizinho de Carrie, que continua a vigiar a sua casa.
Como Homeland prima pelo seu enredo enigmático, vamos falar por alto dos pontos mais positivos e negativos do episódio. A Flash of Light continua a realçar uma nova etapa na vida de Carrie Mathison que é (e sempre foi) a alma da série. Frannie está mais crescida e Carrie aprendeu a ser uma mãe dedicada assim que se afastou da CIA.. No entanto, por mais que tente, o seu passado continua a ser um passo importante para a salvação dos Estados Unidos, que estão cada vez mais desunidos socialmente.
Ao aceitar o caso de Sekou, Carrie envolve-se novamente em questões governamentais do terrorismo que pode estar prestes a rebentar dentro do país. É interessante, portanto, que o tom do episódio consiga precisamente focar-se num tema mais socialmente pertinente nos tempos que correm. No entanto, não é apenas Carrie que está em alta.
Rupert Friend regressou em forma, dando uma prestação cada vez mais intensa como Peter Quinn. O ex-agente implacável está agora numa fase débil, desamparado e sem vontade de viver. No entanto, a felicidade de Carrie continua a ser um dos motivos que desperta o seu instinto protetor.
Agora que elegeram um novo presidente (e o facto de ser uma mulher torna-se ainda mais próximo de uma referência às eleições americanas de novembro passado), os serviços de segurança liderados por Dar Adal estão em risco e Carrie tem aconselhado a presidente a tomar decisões o que, para ele, é uma ameaça séria.
Todas estas novas linhas parecem estar a culminar em algo interessante e, facto é que, A Flash of Light termina com um estrondo inesperado, mas que continua a não conseguir fazer justiça às primeiras temporadas da série.
Ainda assim é um episódio que capricha nos diálogos e mantém o espectador com um pouco de curiosidade para o que virá a seguir.
Jorge Lestre