Arrow – 05×14 – The Sin-Eater
| 26 Fev, 2017

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Star City Most Wanted

Comparando este episódio a uma árvore, poderíamos dizer que tem um tronco fino, mas muitos ramos de qualidade. O team-up das três vilãs não apresentou uma ameaça muito significativa e não trouxeram, por isso, nada de original. Já todas as outras histórias complementares e o flashback na Rússia foram o que deram verdadeiramente vida ao episódio. Porém, uma árvore com muitos ramos e sem tronco para suportá-los não é árvore que dure muito, ou seja, Arrow necessita de voltar à história principal ou apostar em plots cativantes e não perder demasiado tempo em episódios com pouco para dar.

Liza Warner, Cupid e China White conseguem fugir de um autocarro prisional (embora com aquele tipo de segurança, quem é que não conseguiria fugir! Três vilãs de renome num autocarro sem gradeamento a separar da zona do condutor e com apenas dois guardas…) e o plano delas resume-se a descobrirem onde está o dinheiro que Tobias Church ganhou com o negócio da Amertek e usá-lo para dominarem o crime em Star City.

O maior destaque do enredo foi ter permitido que o holofote incidisse sob o capitão Pike. Adrian Holmes mostrou estar à altura de mais tempo de televisão e a intriga de Green Arrow ser posto na lista dos mais procurados da SCPD foi bastante interessante. Ter um vigilante na cidade não é só rosas: por um lado, o crime diminui e a ajuda à força policial é mais que bem-vinda, sem falar que em casos contra criminosos extraordinários como Slade Wilson ou Damien Darhk, sem a ajuda de um super-herói é quase impossível a vitória. E se por acaso alguns vilões morrerem, fecha-se os olhos e contam como danos colaterais. Mas o que é que acontece quando um inocente é morto? Pior, o que é que deve ser feito contra um assassino de polícias?  Pike não tem a vida facilitada quando descobre que Billy Malone foi morto por Green Arrow. Acham que ele fez a escolha certa?

As cenas de ação estiveram particularmente boas, em especial na polícia vs. Green Arrow e no confronto final que envolveu diversas partes: toda a Team Arrow esteve presente e ainda tiveram a ajuda de Quentin Lance, tivemos o trio das mulheres fugitivas e os lacaios contratados por elas e, claro, a força policial que veio dar apoio.

Quentin teve um lado mais pessoal na história devido ao seu passado com Liza Warner, e há que realçar que, desde o seu regresso, parece que rapidamente conseguiu encontrar e ocupar o seu lugar como um membro valioso na equipa. Já Adrian Chase, apesar de ter uma ajuda em segundo plano, também é uma personagem que tem ganho impacto como um dos aliados da Team Arrow, a sua cumplicidade com o prefeito Oliver e com Quentin é palpável. Espero que no próximo episódio seja feita a revelação de que estou à espera (sob a identidade do Vigilante), o que tornará esta personagem ainda mais estimulante.

Quanto ao resto da equipa: Curtis tem um novo fato, reforçado e à prova de balas, mas as suas habilidades no campo continuam a não impressionar. Não gostei de ver Dinah com a máscara de Black Canary, acho que não encaixa com o resto do vestuário, mas que ela é uma badass disso não haja dúvidas. Quentin a dar a sua bênção para ela prosseguir com o legado de Black Canary foi um momento importante que ainda bem que não foi esquecido. Também seria engraçado se no futuro se debruçassem sobre o equilíbrio entre ser polícia e vigilante.

Oliver teve ainda tempo de viajar até Opal City para questionar a mãe de Prometheus sobre se esta estaria em contacto com o filho e se teria informações do seu paradeiro. O apoio de Star City ao vigilante que matou o seu marido não a deixa com muita disposição de ajudar o seu prefeito e por isso a Team Arrow continua na estaca zero no que toca a encontrar o grande vilão da temporada. No entanto, um facto muito interessante neste enredo foi a afirmação de Oliver de que quer encontrar Prometheus para lhe dar a ajuda de que ele precisa. Nesta temporada já tem sido evocado por algumas vezes o debate sobre a morte ou não dos vilões. Desde a morte de Darhk, de forma subtil, parece que Oliver vai sendo constantemente confrontado com essa questão. Será que na batalha final contra Prometheus, Green Arrow irá selecionar como alvo da sua seta um ponto menos mortal? Irá Oliver apostar mais em reformar os vilões ao invés de os assassinar? A Team Arrow, como já foi dito, é um sítio de segundas oportunidades; não merecerão também os vilões uma hipótese de redenção?

Falando já agora de quem é Prometheus. A maioria das hipóteses que tinha para a identidade deste vilão parecem ter-se esfumado, pelo que de momento não faço ideia se realmente será alguém que já conhecemos. Não o sendo, será que a sua revelação terá algum impacto? Quais são as vossas teorias?

Thea, Felicity e Susan Williams estiveram envolvidas num complô que não correu nada bem para a jornalista. Após Oliver contar à irmã que a sua namorada estava desconfiada de que ele fosse o Green Arrow, Thea decide usar o lado da personalidade herdada de ambos os pais para resolver o problema de forma definitiva. Com a ajuda de Felicity para hackear o computador de Susan Williams, a dupla descobre que esta tem provas suficientes para deixar Oliver em apuros e, como tal, decidem forjar provas que incriminam Susan como uma plagiadora, destruindo assim a sua credibilidade e a sua carreira no jornalismo. Ouch! Apesar de Susan Williams desde o início parecer que tem uma agenda secreta, até ver não tinha feito nada que merecesse um castigo tão severo. Será que as notícias no final são o começo da vingança da jornalista?

Nos flashbacks, a dupla de Anatoly e Oliver foi vista de relance a planear o seu ataque a Gregory, mas este antecipou-se e atacou primeiro. A dinâmica entre os dois é cativante e o enredo na Rússia até anda a ser interessante, mas soube muito a pouco esta semana.

No próximo episódio, “Fighting Fire with Fire”, quando o Green Arrow decide que é hora de parar Vigilante, será que teremos algo que se assemelhe a um Daredevil vs. Punisher? A sinopse é suficiente para nos deixar entusiasmados, esperemos que a execução siga o mesmo caminho. Até lá, salvem a vossa cidade!

Se não se fartam da DC, de super-heróis e até gostam de legos, então o novo filme The LEGO Batman Movie (que estreou a 16 de fevereiro cá em Portugal) é mesmo o que procuram. Tendo o Cavaleiro das Trevas sido considerado demasiado negro e deprimente no seu último filme (Batman vs Superman: Dawn of Justice), nesta diferente abordagem podem contar com um Batman muito mais relaxado e divertido.

Emanuel Candeias

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