Homeland – 06×01 – Fair Game
| 16 Jan, 2017

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Após um ano de espera, Carrie e companhia estão de volta!

Depois da experiência em Berlim, Carrie está de volta aos Estados Unidos, vivendo com a sua filha Franny e a trabalhar numa fundação pertencente a Otto (sendo que o ambiente entre os dois se encontra tenso depois do pedido de casamento rejeitado por Carrie), que ajuda os muçulmanos que vivem na América e que são acusados de terrorismo.

O final da temporada passada deixou-nos em suspenso em relação a uma questão: o estado de Quinn, vivo ou morto?

Bem, a resposta surgiu logo no início do episódio: Quinn também está de volta à América. Sim, Quinn está vivo, embora internado num hospital para recuperar das mazelas, visto que tem o lado esquerdo do corpo paralisado. Porém, encontra-se num estado de revolta total, não querendo ficar “preso” ao hospital, nem fazer as sessões de fisioterapia e descontando a sua frustração em Carrie. Esta visita-o todos os dias, apesar de Quinn não querer e dos funcionários do hospital sugerirem que ela não o visite, pois só lhe está a fazer pior, não ajudando em nada na sua recuperação.

Quinn foge do hospital, visita um bordel e acaba drogado, agredido e roubado. Carrie é quem o ajuda, levando-o de volta para o hospital, porém ele torna-se violento, derivado de stress pós-traumático, que o faz ter visões que o deixam baralhado. Carrie, vendo o estado de Quinn, acaba por acolhê-lo em sua casa, retirando-o do hospital, mas limitando o seu espaço, de forma a este não interferir na sua vida com Franny.

Acompanhamos também Sekou (J. Mallory McCree, Quantico), um rapaz muçulmano cujo pai foi repatriado para o país de origem e que faz vídeos para um site acerca de anteriores atentados terroristas à América, criticando ao mesmo tempo o país e apoiando o terrorismo.

Sekou acaba preso por terrorismo e são Carrie e Reda (advogado que trabalha com Carrie na fundação) que ficam encarregues de o defender. O caso de Sekou parece complicar-se bastante quando Carrie fica a saber pelo Agente Conlin do FBI que Sekou tinha vídeos de bombistas-suicidas no seu computador, tinha cinco mil dólares debaixo do seu colchão e um bilhete de avião para a Nigéria, onde recentemente um novo terrorista se juntou ao Estado Islâmico, o que faz Sekou parecer bastante culpado (se bem que o bilhete era para ir visitar o pai, o dinheiro provavelmente foi fruto do seu trabalho, com o qual ele se parece preocupar bastante e os vídeos serão só ideais de um jovem que viu o seu pai ser repatriado por alegado terrorismo).

Simultaneamente encontrámo-nos no processo da eleição presidencial nos EUA, mais propriamente entre o Election Day e o Inauguration Day e vemos a próxima presidente dos EUA (Elizabeth Marvel, que vimos em House of Cards) receber informações e aconselhamento de Saul e Dar Adal acerca das operações em curso da CIA. Para além destes vemos que a Presidente recém-eleita recebe também aconselhamento do General McClendon (Robert Knepper de Prison Break). A Presidente recém-eleita tem novas ideias relativamente às tropas no Irão, que ela pretende fazer regressar a casa, e à situação da CIA, que deixam Dar em polvorosa, mas que Saul acata com relativa conivência.

Ficamos ainda a saber que muitas destas ideias podem estar relacionadas com o facto do filho da Presidente ter sido morto no Iraque aquando de uma missão, o que leva Dar a ter a teoria de que a Presidente despreza todas as forças militares e que os culpa pela morte do filho. Saul, por seu lado, acha que a Presidente não está totalmente errada e que se pode persuadir, desde que se lhe explique toda a importância destes assuntos na política internacional.

Neste episódio vemos Dar pôr em prática um plano para deter as intenções da Presidente-eleita antes do Inauguration day, reunindo-se com os membros do Comité de Segurança Interna, entre os quais está incluído o General McClendon, mas não Saul, que parece ser defensor da recém-eleita Presidente.

Início calmo, mas que promete, visto que nos dá uma visão geral do que vamos poder acompanhar nesta temporada:

  • a recuperação de Quinn e a sua relação com Carrie (e ainda bem que Quinn continua na história, é uma personagem de quem gosto e que acho que pode fazer muito bem a Carrie e já chega desta sofrer depois da perda de Brody e do afastamento de Jonas);
  • o caso de Sekou, que parece sofrer do estigma americano de que todos os muçulmanos são terroristas e que apesar de parecer culpado pode não o ser, visto não estar envolvido efetivamente em nenhum ataque, e a sua defesa por parte de Carrie (acho que Carrie vai se envolver muito neste caso e vamos ter novamente aqueles “ataques” em que ela fica totalmente instável);
  • a eleição e a tomada de posse da nova Presidente com os seus ideais e a oposição de Dar Adal.

Todos estes pontos, acho que vão acabar por entrelaçar-se, pois a relação de Carrie e Saul não pode simplesmente deixar de existir, levando a que o caso de Sekou defendido por Carrie interfira nas medidas a tomar pela Presidente e que vai ligar a narrativa entre a posição de Saul e de Carrie e há algo em mim que acha que vão ser opostas. Espero estar enganado porque tenho saudades de ver a grande dupla Carrie-Saul a trabalhar em pleno.

Para além disto, Claire Daines não desilude e mantém a performance a que nos habitou e Rupert Friend pode ter aqui um desempenho fantástico. Pelo menos assim espero.

David Pereira

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