Como o próprio título indica, este episódio conta o seguimento da jornada de Ragnar e a de Bjorn.

Sim, Ragnar e o seu filho sobreviveram, juntamente com mais uma dúzia de vikings, e deram à costa numa praia. Como são em pouco número têm que se esconder dos soldados do rei Ecbert, que sabem que Ragnar voltou e teve um acidente de barco, só não têm certezas sobre o seu paradeiro ou sequer se está vivo ou não. Ragnar partilha momentos com Ivar, mostrando uma capacidade que mais ninguém teve na vida deste, fez Ivar aceitar a sua deficiência e reconhecer que nunca será normal, o que não é uma coisa má. O filho do rei Ecbert reconhece Ragnar como uma enorme ameaça, porém o ego do seu pai não o deixa admitir que um homem pode ser tão perigoso e não aumenta as suas defesas. Entretanto, Ragnar e o seu filho matam o que restava dos seus homens para tentarem infiltrar-se mais facilmente e, no final da sua jornada deste episódio, um velho e um aleijado vão em direção ao sítio onde o rei vive.

A outra jornada que observamos é a do filho predileto de Ragnar, Bjorn, que viaja até França para pedir passagem segura ao longo da sua costa, de maneira a poderem viajar até ao império romano. Porém, são mal recebidos e feitos prisioneiros enquanto Rollo decide o que fazer, em conjunto com os franceses, com quem demonstra uma grande parecença cultural. Por fim, e após alguma argumentação, Rollo decide deixá-los ir, mas com uma condição, sentindo ainda o seu sangue viking e estando secretamente a ansiar por voltar a navegar e combater, exige a Bjorn que o leve com ele. E Bjorn assim o faz, mas leva-o amarrado ao mastro para garantir a segurança do seu navio.

Para ser mais correto, o título do episódio deveria ser Three Journeys, uma vez que Lagertha, apesar de não viajar, tem a sua própria aventura; inicia com sucesso uma rebelião para tirar Aslaug do torno de Kattegart, que deseja ser ela a ocupar. Para ajudar em tal tarefa, usa a escrava que tinha dormido com ambos os filhos de Ragnar que sobravam e, com a sua ajuda, consegue aprisioná-los.

Foi um episódio com mais ação que o anterior (obrigado, Lagertha!) e que antecipa um episódio pelo qual anseio, o reencontro de Ragnar com Ecbert. Bjorn assemelha-se cada vez mais ao seu pai quando estava no seu auge, inteligente, reservado com os seus planos e um grande lutador. Por muito que Bjorn seja o meu filho favorito, gostei particularmente dos momentos que Ragnar teve com Ivar, fazendo este questionar as suas crenças e olhar de forma mais positiva para a sua deficiência.

Raul Araújo