Arrow – 05×09 – What We Leave Behind
| 10 Dez, 2016

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Oliver Queen, you have failed this city!

Assombroso midseason finale de Arrow! Um episódio negro, mas em ebulição de acontecimentos estimulantes. Para os nossos heróis foi como uma queda livre onde não existiu conto de Natal, apenas um conto de terror, de tragédias atrás de tragédias até mesmo ao último segundo, onde se viu uma possível luz ao fundo do túnel.

Antes de mais, e não querendo ser pessimista, mas pelo contrário, fazendo grandes figas para que isso não aconteça, há que referir a tragédia da segunda parte da temporada de Arrow nas últimas seasons. Muitos apenas se lembram que a 3.ª e a 4.ª temporadas foram mais fracas que as duas primeiras, mas o que muita gente não se lembra é que até ao midseason finale as duas últimas temporadas de Arrow estavam em grande e terminaram ambas com cativantes fall finales. O que aconteceu então? Também não sei responder, mas o certo é que, algures ao longo da segunda metade das temporadas 3 e 4, o enredo começou a descarrilar e as temporadas acabaram ambas em pontos muito mais baixos do esperado. Este ano, a season 5 de Arrow tem feito um excelente trabalho a introduzir os recrutas, a restaurar elementos vibrantes da 1.ª e 2.ª temporadas, cativando o público com os flashbacks, assim como tem vindo a criar momentum e termina este midseason finale com grande impacto positivo. Por isso, como desejo adiantado para 2017 fica o de que Arrow mantenha o nível até ao final desta temporada.

Entre o HR bêbedo no último episódio de The Flash e Felicity com os copos neste episódio, não sei qual deles é o pior. Mas esta Felicity parece mais destruidora. Ah ah. Um encontro duplo com o ex-noivo é a melhor ideia de sempre. Susan e Oliver são oficialmente um casal e a jornalista ultimamente tem parecido muito mais afetuosa e começa a transformar-se num importante apoio para quando Oliver está em baixo. Que acham do novo casalinho? E qual foi para vocês a melhor namorada de Oliver até agora? Pessoalmente sempre torci mais por Oliver+Laurel.

Claro que a festa de Natal que Thea teve tanto trabalho a planear tinha que ser arruinada. Prometheus confirma no início do episódio que, graças a Evelyn, conhece as identidades secretas de todos os elementos da Team Arrow e assim está na hora de seguir com o seu plano. Plano este que se centra em arruinar a vida de todos aqueles com quem Oliver tem uma relação e que começa com o ataque a Curtis, deixando este vivo apenas para ver a sua vida ser despedaçada. De fato, o seu marido Paul, ao descobrir a verdade da vida secreta de Curtis, começa por fazer um ultimato entre ele ou a vida de super-herói, e acaba o episódio por fazer as malas e abandonar o nosso herói Mr Terrific. Uma festa do prefeito e não existe nenhum segurança no exterior… cof, cof… não que Prometheus não fosse capaz de os derrotar a todos, mas teria sido mais realista.

O filme favorito de Natal de Oliver, Die Hard (1988), que ele revela no seu discurso da festa de Natal, é na verdade o filme preferido do ator Stephen Amell, tendo os produtores deixado esse pormenor para dar um humor privado e um certo toque pessoal à cena. Quanto ao segundo filme preferido de Oliver, It’s a Wonderful Life (1946), é uma indicação ao mundo de sonho que Oliver viveu durante o ataque dos Dominators. “I was very lucky to be able to rewatch that movie last week.”

O episódio começa de forma leve com a festa de Natal, mas vai ficando mais negro a olhos vistos com o passar do tempo. “People who are supposed to be dead turn out to be alive almost every Wednesday.” (principalmente no que diz respeito às irmãs Lance). A droga usada em Curtis (dycloseral) leva às suspeitas que Prometheus possa ser um nome da lista de Oliver, supostamente riscado há algum tempo atrás, Justin Claybourne.

O mais interessante no enredo de Claybourne foram os flashbacks diferentes do que estamos acostumados e que nos trouxeram eventos inéditos que ocorreram durante a 1.ª temporada, enquanto Oliver, sob o nome The Hood, andava a caçar todos aqueles que o seu pai pôs na lista. Nestes curtos momentos do passado tivemos direito a tudo aquilo que engrandeceu a 1.ª temporada: The Hood, a lista, a missão obsessiva e sanguinária de Oliver, as discussões com Diggle e a ajuda indireta de Felicity. Soube realmente bem voltar ao passado, pelas boas lembranças, tivemos boas cenas de ação (com Oliver a ser um “cool guy” que “don’t look at explosion”, como reza a música dos Lonely Island) e foi feito um bom enquadramento das motivações de Prometheus e de uma das bases desta temporada. que é também explícita no título do episódio desta semana, “What We Leave Behind”. Como Diggle avisou Oliver: “as ações dele no passado poderiam vir a ter consequências indesejáveis no futuro”.

A cena de pancadaria entre Green Arrow e Prometheus no edifício de Claybourne foi adrenalina ao rubro e também cheia de grandes revelações. Evelyn é revelada como traidora, sendo que o principal motivo para isto foi a descoberta de que Oliver era o Hood (alguém aqui leu a história “Contrato de Judas” dos comics dos Novos Titãs? O enredo tem bastantes semelhanças com a situação de Evelyn). O golpe especial que Prometheus usou, e que Oliver reconheceu como sendo de uma mentora do seu tempo passado na Rússia, indica-nos que o vilão tem laços não só com Claybourne, e que poderá ser o bebé da foto descoberta por Billy, mas que poderá após a morte de Claybourne ter viajado pelo mundo, em particular para a Rússia, para ganhar aptidões de forma a vingar-se do assassino do pai. E saltando já para a cena em que Oliver procura conforto com Susan… aquilo foi uma revelação de quem é realmente Prometheus ou apenas um despiste? É que depois de todas as revelações da Rússia, focarem a garrafa de vodka russo que Susan serve… poderá Arrow ter a estreia de uma mulher como o grande vilão da temporada?

O primeiro grande momento “aww” do episódio veio da crueldade do plano de Prometheus que terminou com Oliver a matar por acidente Billy. Felicity e os restante membros da Team Arrow, no entanto, num momento comovente, não se puseram contra Oliver, mas apoiaram-no, focando o seu desgosto no verdadeiro responsável pela morte do namorado de Felicity, o vilão Prometheus. A cena em si teve imenso impacto, não por nos preocuparmos com Billy (pois não teve tempo suficiente de ecrã, nem houve um aprofundar da personagem para nos fazerem preocupar com ele), mas por revelar a pérfida natureza de Prometheus. E espera aí que as desgraças não terminaram… num telefonema que aparentava ser de um pedido de socorro de Lyla, Diggle acabou por cair em mais uma armadilha do vilão e termina o episódio a ser preso.

Ou seja, um resumo do que Prometheus conseguiu provocar:

  • Evelyn, aka Artemis, está de fora da equipa e a trabalhar contra a Team Arrow. Poderá ela ser reencaminhada de novo para o caminho do bem?
  • Curtis, aka Mr. Terrific, não só foi completamente derrotado como está ferido mais uma vez e com o coração partido. Irá conseguir conciliar-se com Paul? Aceitará este a vida de herói do marido ou terá Curtis que abandonar a equipa?
  • Felicity, aka Overwatch, ficou em choque profundo. Poderá sem querer ressentir-se na mesma com Oliver? Irá o seu lado negro ser despertado?
  • Diggle, aka Spartan, será levado de volta para a prisão por crimes que não cometeu. Irá o exército tentar silenciá-lo desta vez? Conseguirá Oliver ajudá-lo a limpar o nome?
  • Oliver, aka Green Arrow, pode ou não estar exatamente nas garras do seu maior inimigo do momento. Concordam com a teoria de que Susan é Prometheus?

Pelo menos, Thea parece que está com vontade de voltar ao seu papel de Speedy. Nos últimos tempos temo-la visto vestir o fato de heroína sempre que pode. Seria bom na 2.ª metade da temporada termos um episódio mais focado na personagem para percebemos bem aquilo por que ela está a passar.

Para os mais curiosos, A.K. Desmond Pharmaceutical é a companhia que Oliver refere, com a qual Claybourne estava a trabalhar em conjunto, e é uma referência ao vilão da série The Flash. Albert Desmond é nos comics o cientista que se transforma no Dr. Alchemy. Também não sei se notaram, mas houve uma referência à personalidade do ano segundo a revista Times, o presidente dos EUA, Donald Trump, quando Claybourne, nos seus momentos finais, refere que com os seus negócios só queria “make the city great again”, tal como Trump com o seu slogan diz que apenas quer “make America great again”.

62 dias que teremos de esperar até ao próximo episódio de Arrow. Aproveitem para pôr em dia as outras séries da CW e quem não viu veja o crossover. Até lá, salvem a vossa cidade!

… achavam que me tinha esquecido do gigante cliffhanger? Deixo-o mesmo para o fim para imitar o pessoal da série que nos larga uma bomba nos segundos finais. Laurel está de volta?! What??? Quem é esta Laurel? A primeira pergunta é se é mesmo verdadeira ou apenas uma ilusão de Oliver. Considerando que é verdadeira, como é que voltou à vida? Flashpoint, Lazarus Pit, Sara criou uma aberração em Legends of Tomorrow? Ou poderá ainda esta Laurel ser uma versão de outra Terra do multiverso? Será que é a Laurel da Terra-2 que com o Flashpoint afinal não morreu? “My head hurts”. Deixem as vossas ideias e previsões para o que nos espera para o resto da season 5 de Arrow.

Emanuel Candeias

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