“O Oliver vai tentar,/ Por isso ele vai lutar
(…)
Continue sonhando/ Pois só quem sonha sai ganhando
E vai conquistar/ Essa cidade” (música do filme Oliver e os seus Companheiros)
Oliver e os seus Companheiros é a referência que Cisco faz quando diz que têm que salvar os heróis raptados pelos Dominators e diz respeito a um filme de animação da Disney, de 1988.
Episódio 100 de Arrow! Acreditam que já fazem mais de 4 anos desde que começámos a ver Oliver a correr por Lian Yu e que já ouvimos umas 100 vezes a introdução de “My name is Oliver Queen”? Parabéns, Arrow!
Para quem está fora de todo o evento do crossover entre as quatro séries, Arrow, The Flash, Legends of Tomorrow e Supergirl, é normal que ao ver este episódio se sinta completamente perdido. O que fazer? A minha sugestão é verem o episódio de The Flash – “Invasion!” que corresponde à primeira parte do crossover (devem também ler a review desse mesmo episódio aqui) e depois poderão seguir a conclusão do evento em Legends of Tomorrow, “Invasion!”. No entanto, se não estão para estas coisas é só passar à frente o episódio desta semana e continuar a seguir a série na semana que vem.
Se a primeira parte da história estava ótima, esta continua muito boa. Este episódio foi uma excelente celebração do aniversário do episódio 100 e uma envolvente continuação da história do crossover, deixando tudo preparado para a épica conclusão em Legends of Tomorrow, num episódio que promete ter um ritmo acelerado e ser uma explosão de ação.
Apesar de a história do crossover não ter avançado assim muito, focou-se bastante no aprisionamento dos heróis e no seu mundo de sonho alternativo, permitindo também às personagens secundárias brilharem no salvamento do Oliver e dos seus companheiros.
Oliver, Diggle, Sara, Ray e Thea foram raptados pelos Dominators no final da primeira parte da história. De repente, vemo-los num mundo estranho e em que nada faz sentido. Tudo está como se Oliver e Robert Queen nunca tivessem embarcado na viagem no Gambit. O mais engraçado neste mundo do sonho é vermos os pormenores daquilo que podia ter sido e compararmos com o verdadeiro tempo presente:
Os cinco heróis conseguem escapar do controlo dos Dominators, mas veem-se então perdidos no espaço na nave-mãe dos alienígenas. Para além disso, qual terá sido a razão dos Dominators terem apenas escolhido raptar aqueles que não eram meta-humanos e que informações terão extraído deles?
Paralelamente, os recrutas da Team Arrow e Felicity – em conjunto com Cisco, Flash e a Supergirl – tentam localizar os seus amigos desaparecidos para então os poderem salvar. Para isso, e como nada nunca é fácil, têm que lutar contra Laura Washington, uma cientista maligna que melhorou o seu corpo com tecnologia roubada, dando-lhe um aumento na resistência, força e ainda poderes elétricos. Tudo isto para recuperar um protótipo roubado da Van Horn Industries (nos comics esta companhia pertence à família de Andrew Van Horn, um super-herói conhecido como Gunfire. Tal como a anterior referencia a Amertek, é provável que sejam apenas easter eggs e que não venha a haver um maior desenvolvimento) de forma a hackearem uma peça da nave dos Dominators e terem acesso às coordenadas de Oliver e seus companheiros.
Com um papel menor, os recrutas foram bem encaixados e foram uma mais valia para a história, particularmente no pormenor de Rory reconhecer uma linguagem encriptada em números pela parecença com a Torah. Felicity, Cisco e Curtis na mesma sala é um mar de referências a filmes e cenas geeks, proporcionando sempre uma boa dose de humor. O tag-team entre Flash e Supergirl para derrotar Laura foi um máximo e dá vontade de rever umas quantas vezes! No entanto, o preconceito repentino de Wild Dog para com os meta-humanos e os heróis com super-poderes foi um pouco estranho e subdesenvolvido; ele tem trabalhado com Ragman sem nunca questionar as suas habilidades. Mesma na hora H, a Waverider e Nate Heywood conseguem salvar Oliver numa cena que faz lembrar a Millennium Falcon e Han Solo ao salvamento num filme de Star Wars (fiquei-me apenas a perguntar se Ray perdeu o fato do Atom outra vez).
A nave-mãe dos Dominators continua em direção à Terra e os nossos heróis terão que reagrupar, descobrir os objetivos dos aliens e parar uma invasão total ao planeta.
Pessoalmente gostei mais da primeira parte do crossover, embora as duas tenham sido excelentes e de certeza que há pessoas que preferiram esta 2.ª parte, que foi muito mais emocional e nos permitiu lembrar com carinho partes essenciais de todas as temporadas de Arrow até agora. A grande conclusão do crossover acontecerá em Legends of Tomorrow, por isso não se esqueçam de ver o episódio e depois seguir a review aqui connosco no site. Na próxima semana, estreia o episódio “What We Leave Behind”. Parece que teremos um grande episódio de midseason finale com Prometheus a revelar que conhece a identidade de todos da Team Arrow e que os irá caçar um por um. Para além disso, iremos também ter o seguimento do cliffhanger do último episódio de Arrow, “Vigilante”, em que foi revelado que Artemis é uma traidora que está a trabalhar com Prometheus. Segundo o produtor executivo Marc Guggenheim, Artemis não foi incluída no crossover propositadamente para não complicar as coisas e confundir o público, uma vez que poderíamos estar sempre à espera que ela desse uma facada nas costas dos companheiros, distraindo assim do foco dos Dominators. Por isso, se pensaram que foi esquecimento dos produtores, tal não foi o caso, tudo foi pensado. Até lá, salvem a vossa cidade!
Emanuel Candeias