“A bullet is forever”
Shooter é a nova all-nation, all-american série da USA Network. A premiere traz-nos um bom episódio com intriga, boa realização e grafismo e um cast apelativo. O senão passa pela falta de surpresa devido a uma fórmula talvez demasiado familiar e à proximidade ao filme em que se baseia.
A escrita da série ficou ao encargo de John Hlavin (The Shield) e como estrelas temos: Ryan Phillippe (Secrets and Lies, Damages) como Bob Lee Swagger, Shantel VanSanten (The Flash) como Julie Swagger, Omar Epps (Ressurection, House) como Isaac Johnson, Cynthia Addai-Robinson (Arrow) como Nadine Memphis e Eddie McClintock (Supergirl) como Jack Payne.
A série é um remake do filme de 2007 com o mesmo nome, Shooter, dirigido por Antoine Fuqua e com Mark Wahlberg como ator principal. Para quem o viu, este episódio talvez seja um pouco de desilusão, pois não inova em relação ao filme. Embora também possa trazer uma boa sensação de lembrança, de um filme que já saiu há uns tempos, como foi o meu caso. Shooter surge também, em parte, graças ao sucesso do galardoado filme American Sniper (2015), que revelou um grande interesse do público por este tipo de histórias.
Em relação ao enredo, quando surge uma ameaça à vida do Presidente dos EUA, ainda por cima cujo principal suspeito é o master sniper que matou o colega de Bob e disparou contra ele, é altura deste voltar ao jogo. “Your country needs you!”. A cena inicial é muito boa para estabelecer o tipo de pessoa que Bob é (por um segundo pensei que ele fosse disparar contra o lobo), assim como a sua ligação à família e o isolamento da sociedade. É dada uma especial atenção às armas e aos cuidados de um sniper para um disparo, as cenas são bem realizadas e dinâmicas, possuindo o piloto algum nível de violência (o que poderá ser bom ou mau, dependendo dos gostos). O final é bombástico e deixa-nos com curiosidade para saber o que acontecerá a seguir.
A série contará com 12 episódios, saindo o próximo, intitulado “Exfil”, no dia 22 de novembro. Como avaliação final, Shooter tem o necessário para nos fazer querer ver o próximo episódio, embora necessite de alguns elementos originais.
Emanuel Candeias