Política é a arte do real
“Human Target” destaca-se pelo confronto final entre a Team Arrow e o gangue de Tobias Church e pelas vitórias de Oliver na prefeitura. Há também uma certa sensação de positivismo durante todo o episódio, o que pode indicar uma certa calmaria antes da tempestade. Acaba uma etapa, mas outra começará.
Até os mais valentes podem quebrar e ceder. Foi diferente e original vermos Wild Dog a ser quebrado por Tobias Church e a revelar-lhe a identidade secreta de Oliver. Gostei ainda da conversa entre Diggle e Rene como dois ex-militares e parece que é o começo de um laço que se está ali a formar. Sem falar que ver Spartan de novo em ação é fascinante. Esta nova equipa está ainda longe de chegar aos calcanhares da equipa anterior e, por um lado, existe a ansiedade de querermos ver os seus elementos na máxima performance e com todas as suas armas e uniformes, mas a maneira como nos é exposta a evolução da equipa e dos seus indivíduos tem sido bem gerida. No começo da temporada fiquei meio reticente com a ideia da criação de uma equipa só de personagens novas, mas dou o braço a torcer que tem sido uma boa viagem até aqui.
A jornada de Tobias Church foi uma que trouxe muitas coisas semelhantes à 1.ª temporada e que no geral funcionou bastante bem. De certa forma é uma pena termos que nos despedir de Chad L. Coleman, mas a sua personagem trouxe-nos um ótimo vilão gangster, que representou um verdadeiro perigo para o Green Arrow e os seus companheiros e que tinha um plano sólido de tráfico de droga envolvendo múltiplas cidades. A cena final com Prometheus, por sua vez, abriu mais as portas a este vilão, que demonstrou que é um verdadeiro assassino em massa, capaz de atacar uma escolta de polícias só para provar o seu ponto. Tobias, mesmo no fim, revela-lhe a identidade de Green Arrow, mas a meu ver Prometheus já a sabia antes. O que acham?
O prefeito Oliver Queen também esteve na ribalta esta semana e safou-se bastante bem. Entre o seu plano para aprovar as mudanças sociais, usando Susan Williams e tudo, o fingimento da sua morte e o aparecimento de Human Target, houve muito com que nos entreter. Christopher Chance até esteve bem como Human Target e esta personagem trouxe um certo encanto, com ares de James Bond ou Ethan de Missão Impossível, mas infelizmente muito pouco foi revelado sobre ele. É amigo de Diggle… tudo bem, mas parecia demasiado mercenário para lhe divulgarem tudo sobre a sua operação, inclusive as identidades secretas. Oliver + Susan será que vai acontecer? Fazem lembrar Gordon e Vale em Gotham. Quanto a Oliver ter descoberto sobre Felicity e Billy, foi um momento constrangedor bem realizado, revelando muitos sentimentos que ficaram por dizer. “I’m hurt that you didn’t tell me”.
“I am Bratva. We are Bratva” (também podemos substituir Bratva por Groot. Ehehe). Os flashbacks começam a entrar na rotina de aparecer só para encher e mostrar que lá estão. Aproveitou-se o momento de Oliver e Anatoly no bar; a relação entre eles é algo especial e dos pontos que mais cativa no enredo da Rússia. A intriga com Viktor e o aparecimento do Human Target nos flashbacks foi meio repentino e confuso. Prochnost!
Para a semana inicia-se a estrada que irá levar ao grande mauzão da temporada; em “So It Begins” a ameaça de Prometheus começa a ser explorada. Até lá, salvem as vossas cidades. E salvem o mundo também, vejam o novo documentário do Leonardo DiCaprio sobre as alterações climáticas, disponível gratuitamente online.
Emanuel Candeias